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Tipo de câncer está entre os que mais matam
da Redação
O câncer de próstata já figura entre os que mais matam homens no
Brasil.
Na estimativa do Inca (Instituto
Nacional do Câncer) para o ano
passado, ele figurava em terceiro
lugar no ranking dos tipos de câncer que mais matariam homens.
A estimativa era que a maior
mortalidade deveria ocorrer entre
os pacientes com câncer no pulmão (12,10%), no estômago
(10,19%) e na próstata (6,47%).
Já para este ano, o Inca estima
que cerca de 14.600 homens sejam
atingidos por essa doença -ela só
deve perder para o câncer de pulmão, que deve deixar 15 mil homens doentes.
No ano passado, esse tipo de
câncer era o que mais atingia homens no Brasil. Havia uma estimativa de 6.130 doentes, contra
4.570 vitimados por câncer de cólon e reto, segundo o Inca.
Em crescimento
A mortalidade por câncer de
próstata é a que mais cresce no
Brasil na comparação com outros
tumores.
Dados do Sistema de Informações de Mortalidade do Ministério
da Saúde mostram que as mortes
devido a essa doença passaram de
2.976 em 1984 para 5.256 em 1994.
Um aumento de 83% em dez anos.
O câncer de próstata atinge 1 em
cada 12 homens com mais de 50
anos, mas 90% dos casos detectados no início têm cura.
Mas, no país, 70% dos tumores
são diagnosticados em estágio
avançado.
Esse diagnóstico tardio pode ser
explicado pelo preconceito e desinformação, que levam os homens brasileiros a fugirem do toque retal.
No toque retal, o médico introduz um dedo no ânus do paciente
para sentir a consistência e o tamanho da próstata. Muitos pacientes se sentem "invadidos"
em sua masculinidade com esse tipo de exame.
Existe outro tipo de exame, o
PSA (Prostate Specific Antigen ou
Antígeno Específico da Próstata),
que detecta no sangue uma proteína produzida pelo tumor na próstata.
Mas seu custo é alto -cada PSA
custa R$ 100 em clínica particular,
em média, e R$ 15 no Instituto Nacional do Câncer.
(FABÍOLA SALANI)
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