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URBANISMO
Reforma inclui implantação de bonde em favela
Decreto reduz altura de prédios construídos à beira-mar no Rio
DA SUCURSAL DO RIO
Do bonde em favela à redução
do gabarito dos prédios da orla,
passando por tombamento de casas e prédios em bairros residenciais, o Rio de Janeiro passa por
uma reformulação urbanística.
Enquanto o Estado aguarda o
resultado da licitação para a construção do plano inclinado do
morro Dona Marta (zona sul), o
prefeito Cesar Maia se prepara
para assinar o decreto que limita a
altura de prédios a serem construídos à beira-mar.
No Dona Marta, uma cabine automatizada vai permitir que os
moradores subam e desçam o
morro em sete minutos. Ontem
sairia o nome da empresa vencedora da licitação, mas o prazo foi
adiado, pois o Tribunal de Contas
do Estado não conseguiu analisar
as propostas a tempo.
As mudanças na orla devem ser
iniciadas nesta semana. A regulamentação das construções reduz
drasticamente o número de pavimentos de futuros edifícios, que
só poderão ter nove andares (hoje
o limite é de 18).
O objetivo do decreto, que será
publicado até o final da semana
pelo prefeito e vale para edifícios
residenciais, hotéis e apart-hotéis,
é evitar que os prédios projetem
sombra nas praias.
Para o presidente da Associação
dos Dirigentes do Mercado Imobiliário, Selmo Nissenbaum, a
idéia, apesar de positiva, não trará
grandes mudanças à orla. "Restam poucos espaços vazios à beira-mar. É uma maneira bonita de
preservar a cidade, mas entendi
que ela chegou um pouco tarde."
Bairros da orla e da zona sul poderão ter outra mudança: o tombamento e a preservação de casas
e prédios residenciais.
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