São Paulo, terça-feira, 11 de setembro de 2001

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URBANISMO

Reforma inclui implantação de bonde em favela

Decreto reduz altura de prédios construídos à beira-mar no Rio

DA SUCURSAL DO RIO

Do bonde em favela à redução do gabarito dos prédios da orla, passando por tombamento de casas e prédios em bairros residenciais, o Rio de Janeiro passa por uma reformulação urbanística.
Enquanto o Estado aguarda o resultado da licitação para a construção do plano inclinado do morro Dona Marta (zona sul), o prefeito Cesar Maia se prepara para assinar o decreto que limita a altura de prédios a serem construídos à beira-mar.
No Dona Marta, uma cabine automatizada vai permitir que os moradores subam e desçam o morro em sete minutos. Ontem sairia o nome da empresa vencedora da licitação, mas o prazo foi adiado, pois o Tribunal de Contas do Estado não conseguiu analisar as propostas a tempo.
As mudanças na orla devem ser iniciadas nesta semana. A regulamentação das construções reduz drasticamente o número de pavimentos de futuros edifícios, que só poderão ter nove andares (hoje o limite é de 18).
O objetivo do decreto, que será publicado até o final da semana pelo prefeito e vale para edifícios residenciais, hotéis e apart-hotéis, é evitar que os prédios projetem sombra nas praias.
Para o presidente da Associação dos Dirigentes do Mercado Imobiliário, Selmo Nissenbaum, a idéia, apesar de positiva, não trará grandes mudanças à orla. "Restam poucos espaços vazios à beira-mar. É uma maneira bonita de preservar a cidade, mas entendi que ela chegou um pouco tarde."
Bairros da orla e da zona sul poderão ter outra mudança: o tombamento e a preservação de casas e prédios residenciais.


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