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Entidade pedirá
que piscinão
seja investigado
DA SUCURSAL DO RIO
A Apedema (Associação
Permanente de Entidades de
Defesa do Meio Ambiente)
pedirá amanhã que o Ministério Público investigue o
aumento dos custos das
obras do piscinão de Ramos
-um lago de água salgada
na zona norte da cidade.
Conforme a Folha publicou ontem, as obras de revitalização da área começaram
orçadas em R$ 3,7 milhões,
em 2000, e saltaram para R$
18,4 milhões até agora.
O secretário estadual de
Meio Ambiente, André Correa, defendeu as obras, dizendo que vão beneficiar
cerca de 100 mil moradores.
Para o governo do Estado, o
aumento de custos foi necessário porque houve alterações no projeto original.
Inicialmente, as obras previam a recuperação da própria praia de Ramos, degradada pela poluição da baía
de Guanabara. O projeto foi
considerado ineficiente, pois
não permitiria banhos no
mar poluído. Então nasceu a
idéia de construir um lago de
26 mil metros quadrados,
ocupando a maior parte da
faixa de areia da praia.
A Apedema quer ainda
que o Ministério Público paralise o início da dragagem
do canal da Maré, que fica ao
lado da praia de Ramos. O
governo diz que a dragagem
é necessária para recuperar o
fluxo de águas pelo canal,
atualmente assoreado.
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