São Paulo, terça-feira, 11 de setembro de 2001

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LINHA VERMELHA

Morador é transferido para casa popular

Famílias que moravam em favela destruída começam a ser removidas

FREE-LANCE PARA A FOLHA

Trinta famílias que moravam na favela situada sob a Linha Vermelha (via de acesso ao Rio), destruída por um incêndio na última quinta-feira, começaram a ser transferidas ontem para um conjunto habitacional do Estado.
Às 16h, três caminhões e três Kombis removeram os poucos móveis salvos do fogo para o Nova Sepetiba, conjunto de casas populares na zona oeste da cidade, a 50 km do centro.
Na manhã de ontem, as 112 famílias acampadas desde a noite de quinta-feira na associação de moradores da favela Parque Boa Esperança, no Caju (zona norte), foram mais uma vez cadastradas pela Secretaria Estadual de Controle. O novo levantamento serviu para cruzar os dados e impedir que outras pessoas tentassem se beneficiar do direito de moradia concedido às vítimas do incêndio.
A maioria dos moradores estava satisfeita com a mudança. "Não me importa o lugar. Só quero ter uma casa para mim e para os meus filhos", disse Emilcha Alexandra, 33, que vivia num barraco de madeira com cinco crianças, uma delas de quatro meses.
Segundo o secretário estadual da Habitação, Ricardo Bittar, até quinta-feira todas as famílias já terão sido removidas.
Ontem, quatro dias depois do incêndio, foi enterrado o corpo da segunda vítima, Ana Paula Alves de Azevedo, 11. Apesar de o corpo ter sido reconhecido na sexta-feira, seu atestado de óbito só pôde ser liberado depois que o pai da menina conseguiu os documentos da escola onde Ana Paula estudava em 1998, para comprovar a identidade. Cerca de 30 pessoas acompanharam o cortejo.


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