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LINHA VERMELHA
Morador é transferido para casa popular
Famílias que moravam em favela destruída começam a ser removidas
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Trinta famílias que moravam
na favela situada sob a Linha Vermelha (via de acesso ao Rio), destruída por um incêndio na última
quinta-feira, começaram a ser
transferidas ontem para um conjunto habitacional do Estado.
Às 16h, três caminhões e três
Kombis removeram os poucos
móveis salvos do fogo para o Nova Sepetiba, conjunto de casas populares na zona oeste da cidade, a
50 km do centro.
Na manhã de ontem, as 112 famílias acampadas desde a noite
de quinta-feira na associação de
moradores da favela Parque Boa
Esperança, no Caju (zona norte),
foram mais uma vez cadastradas
pela Secretaria Estadual de Controle. O novo levantamento serviu
para cruzar os dados e impedir
que outras pessoas tentassem se
beneficiar do direito de moradia
concedido às vítimas do incêndio.
A maioria dos moradores estava satisfeita com a mudança.
"Não me importa o lugar. Só quero ter uma casa para mim e para
os meus filhos", disse Emilcha
Alexandra, 33, que vivia num barraco de madeira com cinco crianças, uma delas de quatro meses.
Segundo o secretário estadual
da Habitação, Ricardo Bittar, até
quinta-feira todas as famílias já
terão sido removidas.
Ontem, quatro dias depois do
incêndio, foi enterrado o corpo da
segunda vítima, Ana Paula Alves
de Azevedo, 11. Apesar de o corpo
ter sido reconhecido na sexta-feira, seu atestado de óbito só pôde
ser liberado depois que o pai da
menina conseguiu os documentos da escola onde Ana Paula estudava em 1998, para comprovar
a identidade. Cerca de 30 pessoas
acompanharam o cortejo.
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