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Arcebispo pediu afastamento de padre
da Agência Folha, em Maceió
O arcebispo de Maceió, d. Edivaldo Amaral, afirmou ontem
que propôs no mês passado à
Congregação Sagrado Coração o
afastamento do padre de Porto
Calvo, Expedito Barbosa, citado
em inquérito como usuário de
uma suposta rede de prostituição
de adolescentes.
"Caso a Congregação Sagrado
Coração, à qual pertence o padre
de Porto Calvo, não o afaste, tomarei essa iniciativa", afirmou o
arcebispo.
O arcebispo afirmou que tomou
conhecimento informal das denúncias contra o padre no mês
passado, portanto, antes de o caso
chegar à polícia. "Havia um rumor sobre isso", afirmou.
Segundo ele, a sugestão para o
afastamento do padre Barbosa foi
feita à Congregação Sagrado Coração, que tem sede em Recife
(PE), no último dia 28, durante o
enterro de d. Hélder Câmara.
O padre não prestou depoimento ontem ao delegado José Levino
de Oliveira, como estava programado.
O delegado informou que o padre avisou que teve de viajar com
urgência para Recife para atender
convocação de seus superiores.
O padre seria o primeiro citado
como "usuário" da suposta rede
de prostituição de adolescentes a
prestar depoimento à polícia.
Segundo o delegado, os depoimentos dos fazendeiros e do ex-prefeito Telmo Henrique começam na próxima semana.
O ex-prefeito não estava ontem
na cidade, conforme informaram
em sua casa.
Outro lado
A Agência Folha conseguiu localizar apenas o fazendeiro José
Falcão, 68, que negou qualquer
envolvimento.
"Sou velho demais para pensar
em sexo. Estamos sendo acusados
por uma louca. Essa mulher (a
juíza) não merece crédito. Se o padre, que é meu amigo, for tarado
como ela está dizendo, que mandem um padre bicha para a cidade e, assim, acabam com o problema."
A Agência Folha não conseguiu
localizar os fazendeiros Moacir
Brêda e Ormindo Uchou, também citados no inquérito.
Em suas casas, familiares informaram que eles estavam viajando.
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