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SP reduz transmissão vertical de Aids
ANDRÉA DE LIMA
da Agência Folha
O Estado de São Paulo, entre os
Estados, e Sorocaba (a 87 km de
São Paulo), entre as cidades, são
líderes nacionais na redução das
taxas de contaminação do vírus
HIV de mãe para filho, conhecida
como transmissão vertical.
Isso se deve a uma rede de prevenção e combate no sistema de
saúde público que presta atendimento às gestantes infectadas
com o vírus da Aids antes e durante o parto.
Com a intervenção dos profissionais de saúde no combate à
doença, dentro da rede conveniada do SUS (Sistema Único de Saúde), a taxa de contaminação de
mãe para filho foi reduzida de
30% para 8%.
De acordo com a Secretaria Estadual da Saúde, são realizados
anualmente na rede pública de
saúde 700 mil partos. No ano passado, foram registrados 5.600 casos de gestantes contaminadas
com o vírus HIV.
Se nenhum trabalho preventivo
fosse feito junto às mães, 1.680
crianças nasceriam portadoras do
vírus. Com a intervenção, esse
número caiu para 448 crianças.
Entre os procedimentos preventivos e de combate, estão o
pré-natal, o fornecimento do medicamento AZT para mãe e filho
infectados e a instrução sobre os
riscos do aleitamento materno.
Em 1998, São Paulo registrou
uma taxa média de 0,8% (5.600)
de gestantes contaminadas com o
HIV. "Estamos reduzindo progressivamente a taxa de prevalência de HIV entre gestantes em São
Paulo. Prova disso, são os trabalhos realizados na maternidade
Leonor Bento de Barros (zona leste de SP), e na maternidade do
Hospital das Clínicas de Ribeirão
Preto, com taxas de contaminação em 98 de gestantes de 1,3% e
1%", respectivamente, afirmou a
médica sanitarista do programa
estadual Doenças Sexualmente
Transmissíveis-Aids, Ana Maria
Aratangy, 52.
Sorocaba (a 82 km a oeste de
SP) é outro exemplo de ofensiva
bem sucedida no avanço da contaminação materno-infantil.
Segundo o coordenador do programa DST-Aids local, Ricardo
Pio Marins, 37, dos 6.489 partos
realizados e testados, foram detectados 34 casos de mães infectadas com o vírus HIV. Dessas
mães, 24 foram tratadas com AZT
e apenas dois filhos nasceram infectados pelo HIV.
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