São Paulo, Sábado, 11 de Setembro de 1999
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SP reduz transmissão vertical de Aids

ANDRÉA DE LIMA
da Agência Folha

O Estado de São Paulo, entre os Estados, e Sorocaba (a 87 km de São Paulo), entre as cidades, são líderes nacionais na redução das taxas de contaminação do vírus HIV de mãe para filho, conhecida como transmissão vertical.
Isso se deve a uma rede de prevenção e combate no sistema de saúde público que presta atendimento às gestantes infectadas com o vírus da Aids antes e durante o parto.
Com a intervenção dos profissionais de saúde no combate à doença, dentro da rede conveniada do SUS (Sistema Único de Saúde), a taxa de contaminação de mãe para filho foi reduzida de 30% para 8%.
De acordo com a Secretaria Estadual da Saúde, são realizados anualmente na rede pública de saúde 700 mil partos. No ano passado, foram registrados 5.600 casos de gestantes contaminadas com o vírus HIV.
Se nenhum trabalho preventivo fosse feito junto às mães, 1.680 crianças nasceriam portadoras do vírus. Com a intervenção, esse número caiu para 448 crianças.
Entre os procedimentos preventivos e de combate, estão o pré-natal, o fornecimento do medicamento AZT para mãe e filho infectados e a instrução sobre os riscos do aleitamento materno.
Em 1998, São Paulo registrou uma taxa média de 0,8% (5.600) de gestantes contaminadas com o HIV. "Estamos reduzindo progressivamente a taxa de prevalência de HIV entre gestantes em São Paulo. Prova disso, são os trabalhos realizados na maternidade Leonor Bento de Barros (zona leste de SP), e na maternidade do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto, com taxas de contaminação em 98 de gestantes de 1,3% e 1%", respectivamente, afirmou a médica sanitarista do programa estadual Doenças Sexualmente Transmissíveis-Aids, Ana Maria Aratangy, 52.
Sorocaba (a 82 km a oeste de SP) é outro exemplo de ofensiva bem sucedida no avanço da contaminação materno-infantil.
Segundo o coordenador do programa DST-Aids local, Ricardo Pio Marins, 37, dos 6.489 partos realizados e testados, foram detectados 34 casos de mães infectadas com o vírus HIV. Dessas mães, 24 foram tratadas com AZT e apenas dois filhos nasceram infectados pelo HIV.



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