São Paulo, Segunda-feira, 11 de Outubro de 1999
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PERSONALIDADE
Médico recebe últimas homenagens em Barretos
Pai de Matinas Suzuki morre sem concluir segundo livro

da Folha Ribeirão

O médico e escritor Matinas Suzuki, 74, que morreu anteontem em Barretos (a 438 km de São Paulo) de falência múltipla de órgãos, preparava um segundo livro. Ele tinha câncer no fígado.
Suzuki foi enterrado ontem pela manhã no Cemitério Municipal de Barretos. Durante o sepultamento, houve homenagens de membros da ABC (Academia Barretense de Cultura) e de um ex-vereador da cidade.
De acordo com um dos seus seis filhos, o jornalista Matinas Suzuki Júnior, o livro seria um romance que utilizaria como pano de fundo a história de Barretos. A obra não foi concluída.
"Era um romance inspirado na cidade, mas ele ainda estava no começo", disse Suzuki Júnior.
Autor de "Memórias de um Vidente Obscuro", uma autobiografia lançada em 97, e amante da literatura e das artes, Suzuki foi fundamental para o desenvolvimento da cultura de Barretos.
No primeiro e único livro, lançado pela editora Giordano, Suzuki contemplou as vivências de um filho de imigrantes pobres, a época universitária e o exercício da medicina.
Filho de imigrantes japoneses que chegaram ao Brasil em 1913, o médico nasceu em Nova Granada, no interior de SP, em 1925.
Na década de 50, Suzuki formou-se em medicina pela USP. Para manter os estudos, ele trabalhava como professor de desenho no Centro Caetano de Campos, em São Paulo, e ainda fazia ilustrações para o jornal "O Estado de São Paulo".



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