|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
CÍRIO DE NAZARÉ
Procissão reuniu 1,5 milhão de devotos em Belém; festa, segundo o Dieese, custou 10% a mais
Manter tradição fica mais caro neste ano
LUÍS INDRIUNAS
da Agência Folha, em Belém
Os 1,5 milhão de devotos de
Nossa Senhora de Nazaré, que
participaram da procissão do
207º Círio de Nazaré, ontem, em
Belém, gastaram cerca de 10% a
mais para manter as tradições da
festa, segundo o Dieese.
O Círio (procissão) de Nazaré,
que tem como ponto alto o cortejo que se realiza todo segundo domingo de outubro, agrupa uma
série de festividades que acontecem na capital paraense durante
toda a semana.
As pessoas pagam promessas
rezando, carregando casinhas na
cabeça ou colocando peças de cera no carro dos milagres, durante
a procissão.
Neste período, Belém recebe devotos de várias cidades do país,
principalmente da região Norte.
Segundo pesquisa do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos), 63,3% dos romeiros vêm de
ônibus, cujas passagens tiveram
um aumento de 7% em relação ao
ano passado.
Como manda a tradição, no dia
do Círio, os paraenses comem pato no tucupi (caldo extraído da
mandioca) e maniçoba, cozido à
base de carne de porco e maniva
(folha da mandioca). A pesquisa
do Dieese aponta um aumento de
12,28% no preço do pato. A maniva pré-cozida está custando 25%
mais. O preço do tucupi subiu
8,69%.
"Este é o Círio da crise, porque
temos de lembrar ainda que Belém tem a quarta cesta básica mais
cara do país", afirmou o supervisor técnico do Dieese no Pará, Roberto Sena.
Profano
Além das festividades religiosas, o Círio de Nazaré conta também com um lado profano. A festa da Chiquita, festa gay que acontece na noite antes da procissão,
completou 21 anos. A festa foi
criada durante o regime militar
por artistas e homossexuais de
Belém.
Texto Anterior: Turistas reclamam de cruzeiro da CVC Próximo Texto: Aparecida aguarda 130 mil Índice
|