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CRIME EM CAMPINAS
Um deles teria confessado a autoria dos disparos contra prefeito; quarto suspeito ainda está foragido
Polícia prende 3 acusados de matar Toninho
CLAUDIO LIZA JUNIOR E
MÁRIO TONOCCHI
FREE-LANCE PARA A FOLHA CAMPINAS
A Polícia Civil de Campinas (95
km de São Paulo) anunciou ontem a prisão de três das quatro
pessoas acusadas do assassinato
do prefeito Antonio da Costa Santos, entre eles o que teria sido o
autor dos disparos.
O prefeito foi morto, de acordo
com o que os três acusados afirmaram à polícia, depois de tentar
fugir de uma tentativa de assalto.
Toninho foi morto na noite do
dia 10 do mês passado, na avenida
Mackenzie, quando saía do shopping Iguatemi. Ontem, a Prefeitura de Campinas realizou ato pela
paz no 30º dia após o crime.
A detenção dos acusados, no
entanto, não encerra a investigação. O delegado-seccional de
Campinas, Osmar Porcelli, disse
que, apesar da prisão dos supostos assassinos, a razão do crime
ainda não está esclarecida. "Os
motivos alegados nas confissões
serão checados. Não é porque disseram que tentaram um assalto
que vamos acreditar."
Os homens presos ontem e anteontem são Flávio Menezes, 19, o
Flavinho, que, segundo a polícia,
teria confessado ter feito três disparos contra o carro e o prefeito, e
o adolescente A.S.C., 17, que teria
dito ter dirigido a moto de onde
foram feitos os disparos.
A polícia chegou aos dois depois
da confissão de Anderson Rogério David, 20, o Boca, preso na última sexta-feira em uma sorveteria do Jardim Flamboyant, onde
mora. Boca chegou a confessar o
crime, mas, depois, disse que tinha inventado a história.
Os depoimentos à polícia de
Flavinho e A.S.C. foram acompanhados por três promotores de
Justiça, pelo presidente da OAB
(Ordem dos Advogados do Brasil) de Campinas, Djalma Lacerda, e por um curador que ficou
responsável pela defesa dos réus.
Para o advogado Ralph Tórtima
Stettinger, contratado pela família
do prefeito para acompanhar o
caso na polícia, mesmo com a
confissão, faltam ainda as provas
materiais para a comprovação da
participação dos quatro na morte
do prefeito. "Esse caso ainda não
está categoricamente resolvido."
A polícia ainda não encontrou a
arma usada no crime, uma pistola
calibre 9 mm, nem as duas motos
utilizadas na ação. O quarto suspeito -um homem conhecido só
como Glédson, também morador
no Jardim Flamboyant- ainda
está sendo procurado. Segundo a
polícia, os quatro não sabiam que
o carro era dirigido pelo prefeito.
Flavinho e o adolescente estavam na moto de onde partiram os
disparos. Eles disseram que chegaram a virar a moto ao lado do
carro do prefeito e emparelharam
com ele na altura de uma lombada. Toninho teria acelerado seu
Palio para tentar fugir.
A mulher de A.S.C., a dona-de-casa Fernandina Domingues, 23,
acusou a polícia de ter espancado
seu marido para que ele confessasse a participação no crime.
Fernandina diz também que o
adolescente estava com ela, em
casa, na hora do crime. Porcelli
negou que tenha havido agressão.
"Eles foram detidos e ouvidos na
frente de várias pessoas."
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