São Paulo, quarta-feira, 11 de outubro de 2006

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Outro lado

"Prisão é temporária", diz acusado

DA AGÊNCIA FOLHA

O secretário da Segurança de Paranaguá, Álvaro Domingues Neto, disse ontem que não iria se pronunciar sobre o caso. Por meio de um dos comandantes do 9º Batalhão da PM, onde está preso por ser sargento da reserva da PM, informou à Folha que a prisão "é meramente temporária" e que "não foi condenado a nada ainda".
À polícia, o secretário e os guardas disseram que levaram os moradores de rua a Curitiba a pedido deles. Eles negam as agressões.
O prefeito José Baka Filho (PDT) se disse "surpreso" em relação às denúncias e às prisões. "A ação foi mais severa do que o fato coloca. São pessoas respeitadas pela comunidade, inocentes que estão atrás das grades."
Ele afirmou que "nunca houve violação dos direitos humanos por parte da Guarda em sua gestão".
Baka Filho diz que investiu mais de R$ 1 milhão em treinamento, aparelhagem e contratação de novos agentes e que a denúncia do Ministério Público está sendo usada "politicamente".
Segundo ele, as denúncias do padre Adelir Antonio de Carli foram apuradas por uma comissão especial formada por representantes da sociedade civil e por uma comissão da Câmara. "Dois relatórios comprovam que os moradores não sofreram nenhum tipo de maus-tratos como consta das denúncias."
Sobre o fato de ter aberto um albergue só após a denúncia do padre, diz que a ação já estava programada.
Diz ainda que firmou uma parceria com uma ONG para ajudar no resgate da auto-estima dos mendigos. "Essa é a prova que a nossa administração procura ajudar e não afastar os desabrigados." (TR)


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