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Outro lado
"Prisão é temporária", diz acusado
DA AGÊNCIA FOLHA
O secretário da Segurança
de Paranaguá, Álvaro Domingues Neto, disse ontem
que não iria se pronunciar
sobre o caso. Por meio de um
dos comandantes do 9º Batalhão da PM, onde está preso
por ser sargento da reserva
da PM, informou à Folha
que a prisão "é meramente
temporária" e que "não foi
condenado a nada ainda".
À polícia, o secretário e os
guardas disseram que levaram os moradores de rua a
Curitiba a pedido deles. Eles
negam as agressões.
O prefeito José Baka Filho
(PDT) se disse "surpreso"
em relação às denúncias e às
prisões. "A ação foi mais severa do que o fato coloca. São
pessoas respeitadas pela comunidade, inocentes que estão atrás das grades."
Ele afirmou que "nunca
houve violação dos direitos
humanos por parte da Guarda em sua gestão".
Baka Filho diz que investiu mais de R$ 1 milhão em
treinamento, aparelhagem e
contratação de novos agentes e que a denúncia do Ministério Público está sendo
usada "politicamente".
Segundo ele, as denúncias
do padre Adelir Antonio de
Carli foram apuradas por
uma comissão especial formada por representantes da
sociedade civil e por uma comissão da Câmara. "Dois relatórios comprovam que os
moradores não sofreram nenhum tipo de maus-tratos
como consta das denúncias."
Sobre o fato de ter aberto
um albergue só após a denúncia do padre, diz que a
ação já estava programada.
Diz ainda que firmou uma
parceria com uma ONG para
ajudar no resgate da auto-estima dos mendigos. "Essa é a
prova que a nossa administração procura ajudar e não
afastar os desabrigados."
(TR)
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