São Paulo, quarta-feira, 11 de outubro de 2006

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Para ministro, controle aéreo não errou

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ministro da Defesa, Waldir Pires, refutou ontem a hipótese de erros do controle de tráfego aéreo no acidente do vôo 1907, que matou 154 pessoas.
Na avaliação de Pires, a Aeronáutica partiu da "presunção inequívoca" de que o jatinho Legacy cumpria seu plano de vôo para não alertar a tripulação do Boeing-737/800 da Gol sobre a iminência de uma colisão entre as duas aeronaves.
"Não trabalho com a hipótese de erro, porque o controle tem a presunção de que quem voa, voa cumprindo o plano de vôo. É uma presunção inequívoca, mesmo que não haja resposta ao rádio", afirmou em entrevista.
O silêncio do rádio a que Pires se refere são tentativas de contato das torres de Brasília e Manaus com os pilotos do Legacy.
Por diversas vezes, operadores chamaram o jato sem obter resposta. Nesses casos, porém, há alternativas de segurança a serem seguidas, como informar ao avião que ia no sentido contrário para desviar o curso pela possibilidade de choque. Como a investigação sobre o acidente é conduzida sob sigilo, não se sabe se tal procedimento foi tomado.
Na semana passada, o presidente da Infraero, brigadeiro José Carlos Pereira, afirmou que era prematuro afastar erros dos operadores.


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