São Paulo, quarta-feira, 11 de outubro de 2006

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

119 corpos das 154 vítimas do acidente em Mato Grosso já foram identificados

Teresa Maia/"Diário de Pernambuco"
Parentes se consolam no enterro da médica Ana Maria Maciel Silva, que estava no vôo da Gol


DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PEIXOTO DE AZEVEDO

Das 154 vítimas do acidente com o vôo 1907 da Gol, 119 já haviam sido identificadas até o final da tarde de ontem, a maioria por meio de análise das impressões digitais.
Só ontem, foram reconhecidos mais 29 corpos que chegaram ao IML (Instituto Médico Legal). No total, 93 vítimas já foram retiradas do instituto por familiares para enterro.
O IML já recebeu 142 corpos de vítimas da tragédia. Ontem mais três foram achados pelos responsáveis pelas operações de resgate, no local do acidente.
Até agora, a maior parte foi identificada por peritos do Instituto de Identificação da Polícia Civil do Distrito Federal, responsáveis pela análise das impressões digitais. Cerca de 50 peritos trabalham no reconhecimento das vítimas.

Peça será içada
Técnicos especialistas em remoção de aeronaves, cedidos pela Varig, iniciaram ontem os trabalhos para revirar os trens de pouso e o conjunto de asas do Boeing da Gol. A expectativa é que ainda existam corpos sob uma massa de destroços de 15 toneladas.
A peça é a maior parte que sobrou do avião. Os peritos Sérgio Augusto Guiduglia e Ailor Jacob Dalla Costa trabalhavam ontem para levar até o local dos destroços sete toneladas de equipamentos, trazidos do Rio. Entre os equipamentos estão um macaco pneumático, com capacidade para levantar 35 toneladas, e um macaco hidráulico, para 90 toneladas.
Dalla Costa disse que o objetivo é "colocar os destroços na posição normal, pois eles estão emborcados para o chão". Segundo ele, a operação é delicada, uma vez que será necessário cortar um dos trens de pouso e retirar uma haste do outro, "para que ele fique em posição de vôo, ou seja, recolhido".
Só depois os peritos irão, com a ajuda dos macacos e outros equipamentos, tentar virar o conjunto de asas. Guiduglia disse que, pelo levantamento anterior, feito anteontem, devem existir entre quatro e seis fileiras de assentos, com três assentos cada uma, prensadas pelos destroços.
Os peritos não quiseram estimar o tempo que será necessário para a operação. A previsão inicial é que os trabalhos demorem até quinta-feira.
Ontem o Exército mobilizou 104 homens no início da operação pente-fino, na tentativa de encontrar os últimos corpos.


Texto Anterior: Para OAB, assédio de advogados a familiares é "infração grave"
Próximo Texto: Kassab amplia verba para publicidade em 2007
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.