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Defensores públicos de SP entram em greve
Categoria tenta pressionar governo a aumentar nº de cargos; segundo grevistas, só 7% dos municípios paulistas têm Defensoria
Greve deve ir de segunda a sexta, quando defensores farão ato na Paulista;
será mantido sistema de
plantão para emergências
DA REPORTAGEM LOCAL
Os defensores públicos do
Estado de São Paulo decidiram,
ontem, entrar em greve por
cinco dias para tentar obrigar o
governo a aumentar o salário
da categoria.
Eles se juntam aos policiais
civis, que estão em movimento
grevista desde o mês passado
por reajuste salarial e mudanças na estrutura da carreira.
Os defensores, em nota, dizem que iniciarão segunda-feira uma greve que vai se estender até sexta, quando farão um
ato público na avenida Paulista.
Segundo o comitê de greve, será mantido um sistema de plantão para atendimento emergencial à população -mas só os
casos "que envolvam risco à vida e à segurança de usuários"
serão atendidos.
A principal reivindicação dos
defensores é o aumento do número de cargos. Hoje, segundo
eles, apenas 7% dos municípios
paulistas têm Defensoria. Em
algumas regiões, como o Vale
do Ribeira, não há um único defensor, segundo o comitê. Em
todo o Estado, a categoria conta
com 400 profissionais.
O principal papel da Defensoria Pública é atender pessoas
que não têm condições de pagar um advogado. Uma atuação
mais incisiva, segundo especialistas, poderia reduzir a superlotação carcerária.
No Estado, apenas 35 defensores atuam na assistência jurídica ao preso. "São muitos os
presos que já cumpriram pena
ou teriam direito a benefícios
previstos por lei, mas continuam lotando os presídios por
falta de defesa jurídica", disse
Juliana Belloque, presidente da
Associação Paulista de Defensores Públicos, na nota.
O governo, segundo os defensores, não apresentou proposta
à categoria. O Palácio dos Bandeirantes foi procurado ontem
para comentar o assunto, mas
ninguém foi localizado. Os recados deixados também não foram respondidos.
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