Deslizamento em Petrópolis provocado pela chuva matou grávida, o marido e duas crianças; dois filhos sobreviveram

Tempo ruim também levou a tumultos em aeroportos, com cancelamento de voos; previsão é que pare de chover a partir de hoje

DA SUCURSAL DO RIO

Quatro pessoas de uma família, entre elas duas crianças e uma grávida, morreram soterradas em um deslizamento de terra em Petrópolis, região serrana do Rio, provocado pela chuva que atinge o Estado desde quinta-feira. Duas outras crianças sobreviveram.
O casal Bruno José Monteiro, 26, e a mulher, Adriana de Souza Santos, 23, dormiam com os quatro filhos na casa onde moravam, quando houve o deslizamento. Segundo a prefeitura, a construção ocupava uma área irregular na beira da rodovia BR-040, que liga Rio a Juiz de Fora (MG). Joyce, 7, e João Pedro, 4, também morreram. Os dois filhos menores do casal, Júlia, 3, e Gabriel, 2, ficaram feridos.
A prefeitura montou um comitê de emergência para avaliar os efeitos da chuva e informou que tentou convencer a família a deixar o local, na sexta-feira, um dia antes do acidente, mas eles teriam se recusado.
Também por conta da chuva e do feriado prolongado, passageiros voltaram a enfrentar atrasos e cancelamentos de voos nos aeroportos do Rio e, por consequência, em São Paulo e em outros Estados.
No Rio, o aeroporto Internacional Tom Jobim, que operava por instrumentos, passou a receber aviões que não conseguiam aterrissar no aeroporto Santos Dumont, o que causou atrasos. Irritados, passageiros quebraram dois monitores.
O Santos Dumont fechou para pousos e decolagens entre 7h35 e 8h17. No início da noite, a Infraero disse que, dos 109 voos previstos para o Santos Dumont, 56 foram cancelados e 53 tiveram atraso.
Em Congonhas, 32% dos voos atrasaram entre a meia-noite e as 19h de ontem -outros 13% tiveram de ser cancelados. No mesmo período, Cumbica (na Grande SP) teve 55 voos atrasados, o equivalente a 24% do total; outros 24 voos (10%) foram cancelados.