São Paulo, domingo, 11 de outubro de 2009

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Acusado de furtar prova do Enem diz que "ajudou alunos"

Em entrevista à revista "Época", Felipe Pradella afirma que "todo mundo" tinha acesso à prova

DA REPORTAGEM LOCAL

Apontado pela Polícia Federal como o mentor do furto da prova do Enem, o corretor de imóveis Felipe Pradella disse em à revista "Época" desta semana que "ajudou os alunos" ao provocar o cancelamento do exame. As provas foram remarcadas para 5 e 6 de dezembro.
"Eu ajudei os alunos. Se fosse depois da prova, do que ia adiantar? Um monte de gente ia passar por uma fraude. Mas não foi esse mérito que eu ganhei", afirmou.
Contratado temporariamente como conferente das provas pela Cetro, uma das empresas responsáveis pela produção e aplicação do Enem, Pradella disse que "todo mundo" tinha acesso ao exame e que a segurança não era rígida.
"A instrução é que não podia entrar com celular. E muitas vezes eu mesmo esqueci e entrei, atendia lá dentro, normal. Às vezes, eu até falava [para colegas] que não era para ficar atendendo celular toda hora."
Pradella e o DJ Gregory Camillo procuraram jornalistas na tentativa de vender as provas furtadas por R$ 500 mil.
Na quinta-feira, a Folha revelou que o curso pré-vestibular CPV foi procurado por um homem no dia 28 afirmando ter duas provas do Enem. Ele as ofereceu por R$ 200 mil. O cursinho não comprou a prova.
A PF ampliou as investigações sobre o caso. Além de Pradella e do DJ Camillo, outras três pessoas foram indiciadas.


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