|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Acusado de furtar prova do Enem diz que "ajudou alunos"
Em entrevista à revista "Época", Felipe Pradella afirma que "todo mundo" tinha acesso à prova
DA REPORTAGEM LOCAL
Apontado pela Polícia Federal como o mentor do furto da
prova do Enem, o corretor de
imóveis Felipe Pradella disse
em à revista "Época" desta semana que "ajudou os alunos"
ao provocar o cancelamento do
exame. As provas foram remarcadas para 5 e 6 de dezembro.
"Eu ajudei os alunos. Se fosse
depois da prova, do que ia
adiantar? Um monte de gente
ia passar por uma fraude. Mas
não foi esse mérito que eu ganhei", afirmou.
Contratado temporariamente como conferente das provas
pela Cetro, uma das empresas
responsáveis pela produção e
aplicação do Enem, Pradella
disse que "todo mundo" tinha
acesso ao exame e que a segurança não era rígida.
"A instrução é que não podia
entrar com celular. E muitas
vezes eu mesmo esqueci e entrei, atendia lá dentro, normal.
Às vezes, eu até falava [para colegas] que não era para ficar
atendendo celular toda hora."
Pradella e o DJ Gregory Camillo procuraram jornalistas
na tentativa de vender as provas furtadas por R$ 500 mil.
Na quinta-feira, a Folha revelou que o curso pré-vestibular CPV foi procurado por um
homem no dia 28 afirmando
ter duas provas do Enem. Ele
as ofereceu por R$ 200 mil. O
cursinho não comprou a prova.
A PF ampliou as investigações sobre o caso. Além de Pradella e do DJ Camillo, outras
três pessoas foram indiciadas.
Texto Anterior: Quatro pessoas morrem soterradas no RJ Próximo Texto: Violência: Guarda é morto durante blitz contra comércio irregular Índice
|