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Prevenção deve se voltar a recém-nascidos
da Sucursal de Brasília
Se o número de subnutridos e as
mortes por diarréias foram os
grandes desafios para que o Brasil
conseguisse reduzir a mortalidade
infantil na década de 90, a partir
de 2000 as ações de prevenção deverão se voltar para as mortes de
recém-nascidos.
É nesse grupo que os avanços foram mais lentos. Enquanto o número de mortes de crianças entre
28 dias e 1 ano de idade caiu de
48,5 mil em 90 para 30,6 mil em 96
(redução de 36,9%), o número de
mortes de bebês entre 0 e 6 dias se
manteve praticamente estável.
Em 90, 35,8 mil bebês morreram
antes de completar uma semana
de vida. Em 96, o número de mortes foi de 35 mil -uma queda de
apenas 2,2%. Com isso, a morte de
recém-nascidos passou a representar 46,9% do total de óbitos de
crianças com menos de 1 ano no
país. Em 90, era 37,5% do total.
Por outro lado, as mortes de
crianças entre 28 dias e 1 ano, que
eram responsáveis por metade
(50,8%) dos óbitos infantis em 90,
no ano retrasado ficaram reduzidas a 41% do total de mortes de
crianças até 1 ano.
Para Ana Goretti, coordenadora
da área de Saúde da Criança no
ministério, será preciso aumentar
os recursos para o atendimento de
gestantes e melhorar o serviço das
maternidades para reduzir as
mortes de recém-nascidos.
"A cobertura do pré-natal no
Brasil hoje é alta. O problema é a
qualidade. Há mulheres que fazem
apenas uma consulta durante toda
a gestação e consideram isso
pré-natal. Mas o efeito prático de
uma consulta só é quase igual a
nada", diz Goretti.
O pré-natal ajuda a evitar as
mortes perinatais (causadas por
problemas da gestação ou do parto), porque permite que os médicos tratem dos problemas ainda
durante a gestação, além de antecipar complicações que surgem
durante o parto.
(DF)
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