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MORTALIDADE INFANTIL
Custo é baixo
Agente reduz mortalidade em 60% no NE
da Sucursal de Brasília
Entre todas as ações desenvolvidas pelo governo federal para
combater a mortalidade infantil, o
Pacs (Programa de Agentes Comunitários de Saúde) é considerado o mais eficiente.
Os agentes comunitários conseguiram reduzir em até 60% os índices de mortalidade infantil nos
municípios nordestinos em que
atuaram entre 94 e 97.
No mesmo período, a queda da
mortalidade no Nordeste foi de
7,4% e, no Brasil, de 7,3%.
Os agentes comunitários são recrutados na própria comunidade
em que vão trabalhar e não precisam ter formação em saúde. As
únicas exigências são ter mais de
18 anos e saber ler e escrever.
O trabalho dos agentes é simples, mas eficaz. Nas visitas que fazem às famílias, eles pesam e medem os bebês para saber se estão
com o peso adequado para a idade, além de checar se as crianças
estão com as vacinas em dia.
Caso esteja faltando alguma dose, os agentes comunitários comunicam imediatamente os centros
de saúde.
Os agentes também ensinam as
mães a reconhecer os sinais de desidratação e a preparar soro caseiro. Também orientam o preparo
de pratos baratos, mas ricos em
alimentos nutritivos.
Além de eficiente, o custo do
Pacs é baixo. Os agentes recebem
salários que variam entre R$ 112 e
R$ 280.
No ano passado, os agentes de
saúde estavam presentes em 1.464
municípios, a maioria na zona rural do Nordeste, e atendiam 6 milhões de famílias.
O custo total do programa foi de
R$ 161,8 milhões -0,86% do orçamento do Ministério da Saúde
em 97.
Pernambuco
De todos os Estados nordestinos, Pernambuco foi o que evitou
mais mortes graças à ação dos
agentes comunitários.
A taxa de mortalidade infantil
nos municípios de Pernambuco
que tinham agentes caiu de 87 por
1.000 nascidos vivos em 94 para
35,1 em 97 -uma redução de
59,7%.
No mesmo período, a queda da
taxa no Estado como um todo foi
bem mais lenta: de 71,6 em 94 para
61,8 no ano passado -14% a menos.
Em todos os Estados do Nordeste, a queda da mortalidade nos
municípios com Pacs foi maior do
que a média estadual (veja quadro
nesta página).
Na Paraíba, em apenas um ano,
a ação dos agentes comunitários
conseguiu reduzir a mortalidade
infantil em 43,9% - de 90,5 por
1.000 nascidos vivos em 94 para
50,7 em 95.
Em 12 meses, os agentes comunitários da Paraíba conseguiram
fazer o mesmo que o Brasil levou
dez anos para realizar: reduzir a
taxa de mortalidade de 85,6 por
1.000 nascidos vivos em 80 para
47,8 em 90 -uma queda de
44,1%.
(DANIELA FALCÃO)
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