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SEGURANÇA SOB AMEAÇA
Policial teria dado revólver e pistola a acusados de cometer atentado contra base comunitária em SP
Uso de arma da PM em ataque é investigado
DA REPORTAGEM LOCAL
A polícia de São Paulo investiga
se a arma que matou o cabo da
PM Pedro Cassiano da Cunha, 44,
em um atentado na semana passada contra uma base comunitária da capital, pertence ao soldado
da PM Irineu Matias de Lima Filho, detido na última sexta-feira.
Um revólver calibre 38 e uma
pistola apreendidos com os seis
acusados do ataque, de acordo
com o Deic (Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado), seriam do policial.
O soldado, que trabalhava nas
muralhas do presídio Romão Gomes -da PM-, na zona norte de
São Paulo, foi preso em flagrante
por formação de quadrilha.
Ontem, subiu para 43 o número
de atentados contra a polícia e
guardas municipais no Estado. Os
ataques atribuídos à facção criminosa PCC (Primeiro Comando da
Capital) já duram nove dias.
Conforme o Deic, a ordem para
a ação contra a base da PM no
Tremembé, também na zona norte, onde morreu o cabo, partiu de
um traficante que está preso. Os
seis supostos envolvidos foram
detidos sexta-feira passada.
Ao serem ouvidos, dois deles
disseram ter recebido as armas do
policial. Elas seriam emprestadas
para assaltos, em troca de uma comissão que era paga ao PM.
As duas armas foram enviadas
para perícia. A polícia suspeita
que o revólver pode ser a arma
que matou o cabo da PM.
Ontem, a polícia apresentou Jeferson Luís da Silva, o Jeguinho,
20, e Edmilson Barbosa Batista, o
Pit, 18, detidos em Santos sob a
acusação de terem participado de
um ataque no Guarujá.
Os rapazes, que negam o ataque, foram reconhecidos pelo PM
Fernando da Silva Bezerra -ferido a bala na ocasião-, segundo a
polícia. Os dois teriam feito o ataque porque tinham uma dívida
com o PCC e queriam ficar bem
com os líderes da facção.
A polícia deve começar a ouvir
hoje os presos Júlio César Guedes
de Moraes, o Julinho Carambola,
e Sandro Henrique da Silva Santos, o Gulu, transferidos ontem de
Presidente Bernardes, no interior,
para São Paulo. A polícia irá indiciá-los pelos recentes atentados, já
que os dois apresentaram a lista
de reivindicações do PCC, no último dia 29, e as ameaças da facção,
caso não fossem atendidos.
Na última série de ataques, um
carro da Guarda Municipal de
Santa Cruz da Conceição (197 km
de SP), um posto da PM em São
Sebastião, outro em Campinas e
mais um em Osasco, na Grande
São Paulo, foram atacados a tiros.
Ninguém se feriu nessas ações.
Na Baixada Santista, um carro
da PM foi atingido por quatro tiros ao atender uma ocorrência.
Colaboraram o "Agora" e as Regionais
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