DA AGÊNCIA FOLHA, EM SALVADOR

Sentada no sofá da ante-sala da Deltur (Delegacia de Proteção ao Turista) de Porto Seguro (BA), a estudante L.A.R., 14, disse que pretende continuar o namoro com o garçom Wander Alves Rimorini, 19. "Eu o amo muito", disse. Ontem à tarde, a Agência Folha conversou por telefone com os dois fugitivos. A seguir, os principais trechos da entrevista.

Agência Folha - Por que fugiu com o seu namorado?
L.A.R. - Eu o amo muito. E sempre sonhei em viver em liberdade.

Agência Folha - Você está arrependida?
L.A.R.- Não, foi tudo bem planejado. Já disse que o amo, só não sei se quero me casar com ele ainda.

Agência Folha - De quem partiu o convite para a fuga?
Wander Alves Rimorini - Houve um consenso. C.B. [mãe de L.A.R] sempre aceitou o nosso namoro, mas H.R. [pai dela] era reticente.

Agência Folha - O que você vai fazer a partir de agora?
Rimorini - Não sei, quero continuar trabalhando. Mas o nosso namoro vai continuar.

Agência Folha - O que vocês fizeram para escapar do cerco policial?
Rimorini - Às vezes eu aumentava o percurso, quando percebia que tinha um posto da polícia. Então, passei por pequenas cidades do Rio, Minas e Espírito Santo, antes de chegar à Bahia.

Agência Folha - Vocês chegaram a ficar sem dinheiro?
Rimorini - Sim, o nosso dinheiro acabou ontem [anteontem]. Eu estava pensando em trabalhar como garçom em Porto Seguro, mas a polícia localizou a gente antes.


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