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Assassinato de índio aumenta tensão no RS
LÉO GERCHMANN
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE
Índios e brancos gaúchos passam por momentos de tensão em
Nonoai (393 km de Porto Alegre),
onde o índio caingangue surdo-mudo Gean Amantino Pedroso,
22, foi morto na madrugada de
sábado, provavelmente a pedradas. A Polícia Federal assumiu
ontem a investigação do caso.
A hostilidade entre índios e
brancos em Nonoai tem como
origem a demarcação de uma reserva no local, que ocupa 34 mil
hectares em Nonoai e Planalto.
De acordo com a Funai (Fundação Nacional do Índio), 3.000 hectares da área ainda são ocupados
por 150 famílias de brancos, incluindo políticos locais.
O corpo de Pedroso foi encontrado desfigurado, com ferimentos no rosto, às 7h de sábado, em
um matagal ao lado da reserva.
""Sempre recebemos ameaças
dos brancos. Todos os índios são
orientados a não sair muito de casa, principalmente à noite. Sabemos que é perigoso", disse o cacique José Oreste do Nascimento.
O prefeito de Nonoai, Ademar
Dall'Asta (PDT), ao lamentar a
morte de Pedroso, disse: ""Este
que mataram não fazia mal a ninguém, não faz parte de um grupo
que faz coisas horríveis para nós".
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