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Locais que permitem cigarro têm quase o dobro de partículas tóxicas
DA REPORTAGEM LOCAL
Bares, restaurantes, estações
de trem e bingos que permitem
o uso de fumo têm quase o dobro de micropartículas tóxicas
exaladas pela fumaça do que os
ambientes livres de tabaco.
A constatação faz parte da
primeira pesquisa realizada no
Brasil sobre concentração de
micropartículas com diâmetro
inferior a 2,5 microns, invisíveis ao olho humano. Essas
partículas finas, comuns na fumaça do cigarro, provocam
câncer.
A medição mostrou que ambientes onde se fuma têm 171
microgramas de micropartículas tóxicas por metro cúbico,
enquanto nas áreas livres de tabaco esse índice cai para 79.
O levantamento foi feito pelo
Inca (Instituto Nacional de
Câncer) e pela ACT (Aliança de
Controle do Tabagismo) em
cinco cidades -Rio de Janeiro,
São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre e Pelotas.
A pesquisa é uma iniciativa
da Agência Internacional de
Pesquisa em Câncer, da Escola
de Saúde Pública da Universidade Harvard e do Instituto de
Câncer Roswell Park.
O levantamento já foi feito
em outros 26 países. O índice
brasileiro de microgramas de
micropartículas por metro cúbico (171) é inferior aos da
França (380), do Reino Unido
(285), da Espanha (215), de
Portugal (212) e dos EUA (197).
Mas é altíssimo quando comparado ao de países que são pioneiros em politicas contra o tabaco. No Canadá, o índice de
microgramas de partículas é de
66, quase um terço da média
brasileira. Na Irlanda, onde o
fumo em restaurantes e pubs
foi proibido, a taxa de micropartículas é de 29. Só a Nova
Zelândia (14) tem um índice inferior entre os 26 países.
(MCC)
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