|
Próximo Texto | Índice
TRANSPORTE
Atraso na assinatura de decreto que define licitação é justificativa para a 3ª contratação emergencial do governo do PT
Prefeitura prorrogará contrato com viações
EDUARDO ATHAYDE
DO "AGORA"
As empresas de ônibus que
prestam serviço em São Paulo
continuarão a ser contratadas em
regime de emergência a partir de
31 de janeiro de 2003. O motivo é
o atraso da prefeita Marta Suplicy
(PT) para assinar o decreto que
regulamenta a licitação que definirá as viações que atenderão a
população paulistana. A prefeitura prometia definir esse processo
até o final de novembro passado.
O sistema de ônibus na capital
paulista opera via contrato emergencial desde janeiro deste ano.
Por força de lei, o contrato tem
duração de até seis meses. O que
está atualmente em vigor foi firmado em agosto entre a prefeitura e os oito consórcios do setor.
"Não há tempo hábil para que a
nova licitação fique pronta antes
do vencimento do contrato de
emergência vigente", disse Maurício Thesin, presidente da
SPTrans (empresa pública responsável pelo gerenciamento do
transporte coletivo na cidade).
O decreto tem como objetivo
explicar como serão os três processos de licitação do setor -um
para o sistema estrutural (que interligará os pólos de concentração
urbana e econômica), um para o
local (nos bairros) e o terceiro para a construção de terminais.
Na versão do presidente da
SPTrans, o atraso na assinatura
do decreto ocorreu por causa da
troca do comando na Secretaria
dos Transportes. Carlos Zarattini
pediu para ser afastado da função
no dia 18 de novembro. Foi substituído por Jilmar Tatto.
O presidente da comissão de licitação do novo sistema de transporte, Carlos Alberto Carmona,
afirmou que o novo secretário pediu que alguns pontos do decreto
fossem modificados. "Por isso está atrasado." Segundo Carmona,
o documento será assinado pela
prefeita até o final do ano.
Thesin adiantou que o novo
contrato de emergência deve ter
como principal novidade a possibilidade da participação de perueiros. Um dos critério de seleção das empresas será a idade da
frota de veículos.
As novas regras também deverão estimular a concentração do
transporte coletivo nas mãos dos
grandes grupos empresariais.
Exclusão
As três empresas de ônibus que
tiveram o contrato rompido pela
prefeitura não poderão participar
do novo contrato emergencial.
As empresas são a São Judas, a
Parelheiros e a Santa Bárbara.
Pertencem ao empresário Romero Niquini, proprietário do segundo maior grupo de São Paulo,
que teve os contratos rompidos
pela SPTrans no dia 7 de setembro por irregularidades, após auditoria apontar diferença no número de vales-transporte arrecadados e declarados.
Próximo Texto: Motoristas continuam em greve Índice
|