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Motoristas continuam em greve
DA REPORTAGEM LOCAL
Motoristas e cobradores de
duas viações de São Paulo que
atendem cerca de 96,5 mil pessoas
por dia anunciaram que vão continuar em greve. A SPTrans (São
Paulo Transporte) informou que
desde ontem está acionado o Paese (Plano de Apoio à Empresa em
Situação de Emergência), através
do qual a prefeitura aciona ônibus
para operarem nas linhas em greve.
De acordo com o diretor executivo do sindicato da categoria,
Francisco Xavier Filho, os funcionários só voltarão a trabalhar
após o pagamento dos salários de
novembro, prometido para o dia
5 de dezembro. Segundo ele, o dinheiro ainda não foi pago.
A viação Nova Paulista, paralisada desde as 7h30 de ontem,
opera 160 ônibus em 14 linhas na
zona norte de São Paulo. De acordo com a SPTrans, 84 veículos foram acionados pela prefeitura.
A Viação Eletrosul, com 150
ônibus em três linhas na zona sul,
parou às 14h40 de ontem. Através
do Paese, 76 ônibus foram acionados. De acordo com o sindicato,
mais da metade dos funcionários
da viação ainda não recebeu o salário do mês passado.
Ontem não houve acordo entre
a categoria, empresários de ônibus e representantes do SPTrans.
Eles se reuniram em uma audiência no Tribunal Regional do Trabalho (TRT). Está marcado para
hoje um novo encontro.
Na audiência de ontem, o juiz
João Carlos de Araújo determinou a pedido do Ministério Público do Trabalho que empresas e
trabalhadores mantenham 60%
da frota funcionando normalmente e 80% nos horários de pico.
Uma multa no valor de R$ 100
mil por dia foi fixada pelo juiz a
ser aplicada aos sindicatos caso
haja desobediência. O dinheiro
será revertido ao Hospital São
Paulo, ao Hospital das Clínicas e à
Santa Casa de Misericórdia.
De acordo com a assessoria de
imprensa do sindicato, a Viação
Expresso Paulistano, cujos funcionários também ameaçavam
entrar em greve, pagou os salários
ainda ontem. A empresa atende
39 linhas da zona leste de São Paulo e transporta cerca de 100 mil
pessoas diariamente.
Na semana retrasada, a paralisação de seis dias de funcionários
da empresa provocou caos no
trânsito do centro da cidade.
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