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São Paulo, quinta-feira, 11 de dezembro de 2003

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ADMINISTRAÇÃO

Prefeitura poderá construir estacionamentos no parque Ibirapuera e no centro; detalhes não estão definidos

Câmara autoriza garagens subterrâneas

PEDRO DIAS LEITE
DA REPORTAGEM LOCAL

A prefeitura conseguiu autorização para a construção de garagens subterrâneas no parque Ibirapuera (zona sul) e na região central de São Paulo. O projeto foi aprovado em segundo turno na Câmara Municipal, por 32 a 7.
Como o texto não define exatamente a localização dos estacionamentos subterrâneos nem a quantidade, na prática o projeto libera a construção de várias garagens no Ibirapuera e nos distritos da Sé e da República.
No parque, a prefeitura planeja a construção de 3.100 vagas subterrâneas em duas garagens -uma ao lado do prédio da Bienal e outra no entorno do Obelisco. Atualmente o Ibirapuera tem 1.600 vagas gratuitas na superfície, em três bolsões, que serão extintas para dar lugar a área verde.
Nos distritos da Sé e da República, a administração fez estudos para a construção de garagens em nove pontos. No entanto ainda não existe uma decisão sobre quantas serão de fato construídas, nem se os estacionamentos subterrâneos serão realmente nesses pontos.

Concessão
Apesar de não haver nenhum limite ao número de garagens, o líder do governo na Câmara Municipal, vereador João Antonio (PT), afirmou que a região central não terá uma explosão aleatória de estacionamentos subterrâneos. "A prefeita Marta Suplicy (PT) vai fazer dentro dos padrões urbanísticos", disse o petista.
A construção de todas as garagens -tanto as do Ibirapuera como as do centro- depende de investimentos privados. Depois da grita das empresas de estacionamento, o governo ampliou o prazo de concessão de 20 para 30 anos. Não está prevista nenhuma contrapartida para a prefeitura, mas a posse das construções, assim como o direito de exploração, passará para o governo após o fim da concessão.
Também não está definido quanto vai custar parar nesses estacionamentos. No parque e na região central, o preço vai ser fixado com base no "valor de mercado". Nesses pontos, o custo médio da primeira hora gira em torno de R$ 5. No Ibirapuera, pode haver descontos no início da manhã e no final da tarde durante os finais de semana.
O projeto original previa a construção apenas das garagens do Ibirapuera e não mencionava a região central. Foi no dia da primeira votação, em novembro, que a prefeitura incluiu os estacionamentos do centro no texto.


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