São Paulo, sábado, 11 de dezembro de 2004

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Marta recebe elogio e passa por constrangimento

DA REPORTAGEM LOCAL

A prefeita Marta Suplicy (PT) passou por uma saia-justa ontem, durante o lançamento do livro "São Paulo Interligado", no centro. Após seu discurso, um professor do CEU (Centro Educacional Unificado) pediu o microfone alegando que iria fazer uma homenagem a Marta. E fez. Elogiou o transporte da cidade e falou em revolução no setor, mas antes de deixar o palco fez sua ressalva. "Queria fazer um apelo, porque a gente está com problema de pagamento", disse Henrique Guimarães, 21. "Não podemos deixar o projeto ir por água abaixo", completou ele.
Marta apenas baixou a cabeça, sem fazer nenhum comentário. Guimarães e outros professores do CEU, que estão sem salários, entraram no evento para fazer o protesto. O cerimonial da prefeita não sabia que eles eram professores, tanto que o mestre-de-cerimônias anunciou Guimarães como "um munícipe que quer fazer uma homenagem". Questionada pela Folha sobre o episódio, Marta limitou-se a dizer: "É a democracia".
Antes, no discurso, ela elogiou José Serra (PSDB), que estaria escolhendo uma boa equipe, que defende o Passa Rápido, para a área de transportes. Mas cutucou o governador Geraldo Alckmin (PSDB). "Uma cidade com 11 milhões de pessoas deveria depender de Metrô, não de ônibus", disse.


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