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Marta recebe
elogio e passa por
constrangimento
DA REPORTAGEM LOCAL
A prefeita Marta Suplicy (PT)
passou por uma saia-justa ontem, durante o lançamento do
livro "São Paulo Interligado",
no centro. Após seu discurso,
um professor do CEU (Centro
Educacional Unificado) pediu
o microfone alegando que iria
fazer uma homenagem a Marta. E fez. Elogiou o transporte
da cidade e falou em revolução
no setor, mas antes de deixar o
palco fez sua ressalva. "Queria
fazer um apelo, porque a gente
está com problema de pagamento", disse Henrique Guimarães, 21. "Não podemos deixar o projeto ir por água abaixo", completou ele.
Marta apenas baixou a cabeça, sem fazer nenhum comentário. Guimarães e outros professores do CEU, que estão sem
salários, entraram no evento
para fazer o protesto. O cerimonial da prefeita não sabia
que eles eram professores, tanto que o mestre-de-cerimônias
anunciou Guimarães como
"um munícipe que quer fazer
uma homenagem". Questionada pela Folha sobre o episódio,
Marta limitou-se a dizer: "É a
democracia".
Antes, no discurso, ela elogiou José Serra (PSDB), que estaria escolhendo uma boa equipe, que defende o Passa Rápido, para a área de transportes.
Mas cutucou o governador Geraldo Alckmin (PSDB). "Uma
cidade com 11 milhões de pessoas deveria depender de Metrô, não de ônibus", disse.
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