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SAÚDE
Hospital passa por crise financeira
Santa Marcelina reduz pronto atendimento
LUÍSA BRITO
DA REPORTAGEM LOCAL
Em crise financeira, o Hospital
Santa Marcelina reduziu em mais
de 60% o atendimento no pronto-socorro e só está recebendo casos
de urgência e emergência. De
uma média diária de 800 pacientes, ontem só foram atendidos
cerca de 300. O hospital, o maior
em atendimento pelo SUS na zona leste de São Paulo, ainda suspendeu a marcação de consultas.
Funcionários, representantes
sindicais e pessoas da comunidade fizeram, na manhã de hoje,
uma caminhada de protesto.
Os salários dos 3.500 funcionários estão atrasados há quase uma
semana. Três mil empregados devem receber na segunda-feira. No
entanto, ainda não há recursos para os salários dos prestadores de
serviço nem para garantir a segunda parcela do décimo terceiro, que vence no dia 20 deste mês.
O Santa Marcelina, que é filantrópico e está sob gestão municipal, tem déficit acumulado de R$
57,5 milhões. Segundo a diretora-superintendente, irmã Maria
Thereza Lorenzzoni, não há previsão para a normalização.
A Secretaria Municipal de Saúde disse que está negociando com
o Ministério da Saúde o adiamento dos descontos dos repasses de
novembro e dezembro do Fideps
(Fator de Incentivo ao Desenvolvimento do Ensino e da Pesquisa
em Saúde), sem informar valores.
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