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"Experiência vale salário menor"
DA REDAÇÃO
DA REPORTAGEM LOCAL
"Decidi usar o meu conhecimento profissional em prol de
uma causa social", diz a administradora de empresas Daniela Vidal Garcia Pavan, 25. Ela abriu
mão de seu emprego em uma
multinacional para trabalhar em
uma ONG pela metade do salário.
Há um ano e meio, Daniela deixou o emprego na Unilever e foi
ser voluntária da Fundação Gol
de Letra, que promove atividades
de complementação escolar para
1.150 crianças e adolescentes, em
São Paulo e Niterói (RJ).
Após dois meses, foi contratada
pela metade do que recebia na
Unilever. Hoje seu salário é equivalente ao que ganhava antes, mas
"a experiência no terceiro setor
compensou o esforço", diz.
Voluntários
Outra ONG, a Ação da Cidadania, apesar de desenvolver projetos sociais conhecidos e relevantes, representa o perfil da maioria
das organizações não-governamentais no Brasil: é de pequeno
porte e funciona quase totalmente
apenas com voluntários.
O principal trabalho da entidade, com sede em São Paulo, é a
campanha Natal sem Fome, criada pelo sociólogo Herbert de Souza, o Betinho, que arrecada alimentos para famílias carentes.
Fundada em 1995, a ONG tem
três funcionários, mas os principais responsáveis pelo contato
com comunidades são 500 voluntários -a maioria de baixa renda.
Com a falta de verba -a ONG
tem só um telefone e três computadores que vivem quebrando-,
os voluntários arcam com despesas como as de transporte.
No ano passado, a entidade sobreviveu com R$ 160 mil. Segundo a coordenadora-geral, Nadja
Faraone, R$ 120 mil são necessários apenas para manter a estrutura física. Para manter as campanhas, seminários e projetos, seriam necessários mais R$ 200 mil.
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