DA REPORTAGEM LOCAL

O edifício CBI Esplanada, no vale do Anhangabaú (centro de São Paulo), atingido anteontem por um incêndio, foi interditado pelo Contru (Departamento de Controle do Uso de Imóveis), órgão da prefeitura, por tempo indeterminado. A fumaça intoxicou 68 pessoas.
O prédio abriga o Instituto Fernando Henrique Cardoso, que mantém seu acervo no subsolo. Nem o acervo nem a estrutura do prédio foram afetados.
Segundo o secretário municipal de Habitação, Orlando de Almeida Filho, que ontem esteve no local com técnicos do Contru e do Instituto de Criminalística, o edifício só será liberado quando a rede elétrica for reparada, o que poderá, segundo ele, levar de 15 a 30 dias. O prazo foi confirmado pelo síndico Simão Bittar, que afirmou disse que a manutenção era feita corretamente e que vai esperar o laudo final sobre a causa do fogo.
A sede do Instituto FHC, no sexto andar, teve duas portas arrombadas. Segundo o professor de inglês Roberto Smmler, 45, que disse estar no grupo que derrubou as portas, a medida foi necessária para sair do edifício.
A primeira porta arrombada era de vidro. "Um rapaz desesperado se jogou no vidro para ver se quebrava", conta Smmler.
"A gente conseguiu entrar no instituto, e todo mundo correu para o fundo. Chegando lá, tinha outra porta trancada", conta. De novo, foi preciso arrombar.
Depois disso, o grupo chegou até uma escada que dava acesso à saída lateral do prédio. (CI)


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