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VIOLÊNCIA
Só em janeiro, houve sete casos em esquina da av. Giovanni Gronchi; Moema e Vila Olímpia são áreas de risco
Morumbi lidera em seqüestros relâmpagos
ALEXANDRE HISAYASU
DA REPORTAGEM LOCAL
O bairro do Morumbi, zona sul
da capital, é o foco de casos de seqüestros relâmpagos em São Paulo, segundo investigações da Polícia Civil. Um dos locais considerados mais problemáticos pela
polícia é a esquina entre as avenidas Giovanni Gronchi e Doutor
Francisco Tomás de Carvalho.
Só nesse cruzamento, em janeiro, ocorreram pelo menos sete casos. Indícios levantados pela polícia apontam que os crimes foram
praticados pela mesma quadrilha.Todas as vítimas são jovens (a
de mais idade tem 21 anos), os
ataques aconteceram no final da
noite ou no começo da madrugada e os seqüestrados acabaram levadas para um cativeiro na favela
Paraisópolis, onde foram vigiados
por um casal de adolescentes.
Lá, elas ficaram durante a madrugada e, após os criminosos fazerem saques com cartões bancários, foram abandonadas próximo a um hipermercado na marginal Pinheiros, no porta-malas de
seus carros. As vítimas, segundo a
polícia, são de classe média alta.
Moema e Vila Olímpia
Outros bairros que preocupam
a polícia de São Paulo são Moema
e Vila Olímpia. Os locais, junto
com o Morumbi, concentram a
maioria dos seqüestros relâmpagos registrados na zona sul, considerada como a mais crítica da capital nesse tipo de crime.
Segundo o diretor do Deic (Departamento de Investigação Sobre Crime Organizado), delegado
Godofredo Bittencourt, na capital, em média, ocorrem de 130 a
140 seqüestros relâmpagos por
mês. Sem citar nomes, Bittencourt afirmou que os bairros considerados nobres chamam mais a
atenção dos ladrões e centralizam
a maioria dos casos.
"A principal arma que temos
para combater esse tipo de crime
é o policiamento com motocicletas. O número de prisões de assaltantes aumentou graças a isso",
disse o delegado.
O seqüestro relâmpago nunca
foi incluído nas estatísticas criminais da Secretaria da Segurança
Pública. A estréia deve ocorrer
ainda no primeiro quadrimestre
deste ano, quando serão divulgados os dados de crimes até março.
Patrulhamento
Desde agosto, após pedido do
Ministério Público, a polícia vem
levantando os casos de seqüestros
relâmpagos no Estado. Segundo
Bittencourt, na capital, o Decap
(departamento responsável pelas
delegacias de São Paulo) faz a
apuração e repassa os dados para
a Secretaria da Segurança. A partir deles, o Deic faz um estudo para intensificar o policiamento nas
regiões mais críticas.
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