São Paulo, sábado, 12 de fevereiro de 2005

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Diabético morre após ser seqüestrado

DA REPORTAGEM LOCAL

O corpo do comerciante Júlio Cabral Guerra, 42, foi encontrado na quarta-feira em um matagal em São Lourenço da Serra, na Grande São Paulo. Ele havia sido seqüestrado em 21 de janeiro -a família não pagou resgate. A suspeita é que ele tenha morrido no cativeiro após uma crise de hipoglicemia por ser diabético.
As negociações foram feitas até sábado, quando houve o último contato com os seqüestradores. A polícia diz acreditar o comerciante ele tenha morrido naquele dia.
Segundo a delegada-assistente do Deinter (Departamento de Polícia Judiciária do Interior) 6, Elizabeth Lins, no corpo de Guerra não havia sinais de agressão. A família do comerciante informou à polícia que ele tinha diabetes.
"Em razão desse problema de saúde, ele pode ter passado mal no cativeiro. No entanto, a causa da morte só será conhecida com a elaboração no laudo necroscópico do corpo, que deve ficar pronto somente nos próximos 30 dias", explicou a delegada.
O tempo todo, segundo a polícia, a família negociou com a quadrilha. O valor pedido não foi divulgado. A crise de hipoglicemia, segundo a polícia, pode ter sido causada por maus-tratos no cativeiro. Os familiares do comerciante reconheceram o corpo no IML (Instituto Médico Legal).

Suspeitas
Segundo as investigações, Guerra havia acabado de vender o seu mercado, em Santos, no litoral sul, quando foi seqüestrado. A suspeita da polícia é a de que alguém avisou os criminosos que ele havia recebido dinheiro pela venda do estabelecimento.
Logo após o seqüestro, os criminosos começaram a telefonar para a família do comerciante exigindo o pagamento de resgate.
A delegada preferiu não informar se algum suspeito foi identificado pelas investigações. "O que eu posso garantir é que há um empenho muito grande dos policiais para prender os criminosos. Alguns investigadores estão trabalhando direto e ainda não dormiram", afirmou.
Segundo a Polícia Civil, atualmente cinco pessoas estão seqüestradas no Estado de São Paulo. Duas são crianças. (ALEXANDRE HISAYASU)

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