São Paulo, sábado, 12 de fevereiro de 2005

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ADMINISTRAÇÃO

Conclusão de reforma de cinco viadutos foi suspensa por 120 dias

Serra pára novos contratos de obras

DA REPORTAGEM LOCAL

O prefeito de São Paulo, José Serra (PSDB), suspendeu ontem, por 120 dias, os contratos para conclusão das obras em cinco viadutos da cidade alegando falta de dinheiro. Na semana passada, a prefeitura já havia interrompido contratos de obras em duas pontes do complexo viário Jornalista Roberto Marinho, na zona sul.
Segundo a Secretaria de Infra-Estrutura, a recuperação das fundações dos viadutos do Café, do Glicério e Orlando Murgel, no centro, e dos viadutos Conselheiro Carrão e Pacheco Chaves, na zona leste, já foi concluída. Restam só obras complementares. O viaduto Orlando Murgel ainda tem duas faixas interditadas.
A pasta afirmou, por meio de nota, que as obras foram encontradas neste início de ano "praticamente paralisadas". A equipe da ex-prefeita Marta Suplicy (PT) não quis comentar a interrupção temporária dos contratos, que tiveram seu início em 2002.
A Secretaria de Infra-Estrutura analisa a viabilidade de manutenção das obras de outros nove viadutos. "[Os contratos] encontram-se em análise técnica financeira", diz a nota. "Oportunamente serão divulgadas decisões provenientes deste diagnóstico".
As medidas fazem parte do processo de reavaliação de todos os contratos da administração paulistana. A prefeitura espera renegociar com os fornecedores para obter descontos. Serra alega dificuldades financeiras e já congelou 31,5% do Orçamento deste ano.

Dívida do lixo
As empresas de lixo entraram com representação no Ministério Público Estadual para tentar garantir os R$ 298 milhões que alegam ter a receber da prefeitura.
O Selur (Sindicato das Empresas de Limpeza Urbana de São Paulo), autor da representação, sustenta que o setor está sem receber desde agosto do ano passado.
A entidade questiona o cancelamento de empenhos (reservas orçamentárias) feito no dia 28 de dezembro pela administração Marta. Diz que os serviços de coleta de lixo e varrição foram realizados, portanto a anulação das despesas é ilegal.
A equipe de Marta sustenta que não houve irregularidades no cancelamento dos empenhos. Afirma também que as contas da prefeitura foram fechadas no azul. Os tucanos contestam. Eles apontaram em balanço publicado nesta semana que o déficit já comprovado que foi deixado é de, no mínimo, R$ 721 milhões.


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