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ADMINISTRAÇÃO
Conclusão de reforma de cinco viadutos foi suspensa por 120 dias
Serra pára novos contratos de obras
DA REPORTAGEM LOCAL
O prefeito de São Paulo, José
Serra (PSDB), suspendeu ontem,
por 120 dias, os contratos para
conclusão das obras em cinco viadutos da cidade alegando falta de
dinheiro. Na semana passada, a
prefeitura já havia interrompido
contratos de obras em duas pontes do complexo viário Jornalista
Roberto Marinho, na zona sul.
Segundo a Secretaria de Infra-Estrutura, a recuperação das fundações dos viadutos do Café, do
Glicério e Orlando Murgel, no
centro, e dos viadutos Conselheiro Carrão e Pacheco Chaves, na
zona leste, já foi concluída. Restam só obras complementares. O
viaduto Orlando Murgel ainda
tem duas faixas interditadas.
A pasta afirmou, por meio de
nota, que as obras foram encontradas neste início de ano "praticamente paralisadas". A equipe
da ex-prefeita Marta Suplicy (PT)
não quis comentar a interrupção
temporária dos contratos, que tiveram seu início em 2002.
A Secretaria de Infra-Estrutura
analisa a viabilidade de manutenção das obras de outros nove viadutos. "[Os contratos] encontram-se em análise técnica financeira", diz a nota. "Oportunamente serão divulgadas decisões
provenientes deste diagnóstico".
As medidas fazem parte do processo de reavaliação de todos os
contratos da administração paulistana. A prefeitura espera renegociar com os fornecedores para
obter descontos. Serra alega dificuldades financeiras e já congelou
31,5% do Orçamento deste ano.
Dívida do lixo
As empresas de lixo entraram
com representação no Ministério
Público Estadual para tentar garantir os R$ 298 milhões que alegam ter a receber da prefeitura.
O Selur (Sindicato das Empresas de Limpeza Urbana de São
Paulo), autor da representação,
sustenta que o setor está sem receber desde agosto do ano passado.
A entidade questiona o cancelamento de empenhos (reservas orçamentárias) feito no dia 28 de
dezembro pela administração
Marta. Diz que os serviços de coleta de lixo e varrição foram realizados, portanto a anulação das
despesas é ilegal.
A equipe de Marta sustenta que
não houve irregularidades no
cancelamento dos empenhos.
Afirma também que as contas da
prefeitura foram fechadas no
azul. Os tucanos contestam. Eles
apontaram em balanço publicado
nesta semana que o déficit já comprovado que foi deixado é de, no
mínimo, R$ 721 milhões.
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