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AMAZÔNIA
Varella prepara livro sobre local
da Agência Folha, em Novo Airão
O povoado de Novo Airão, última parada no rio Negro da expedição da Unip, tornou-se município há 45 anos. Os primeiros moradores aportaram no lugar no final do século 19.
Entre uma coleta e outra na mata, o oncologista e escritor Drauzio Varella -nessa ordem, como
ele se define- grava depoimentos de personagens locais.
Ele quer lançar daqui a dois
anos, pela Companhia das Letras,
um livro sobre as populações ribeirinhas da Amazônia.
Joana Maria Cruz Carmim, 75,
vive ali há 70 anos, conhecida como a curandeira que extrai de sua
horta particular chás para males
diversos, virou personalidade no
livro de Drauzio.
"Ela é uma médica para essa
gente. Uma médica sem certificado", disse Varella.
Maria das Dores Carmim, 33, filha de Joana, é aprendiz de curandeira. É ela quem comanda as festas do povoado. "Às segundas,
ofereço um sopão com as plantas
da horta de minha mãe para curar
a ressaca dos pés inchados, vítimas da constante embriaguez, no
quintal da nossa família", disse.
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