São Paulo, domingo, 12 de março de 2000


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AMAZÔNIA
Projeto recebe US$ 150 mil de São Paulo

da Agência Folha, em Novo Airão

Na semana passada, o projeto da Universidade Paulista na Amazônia conseguiu uma verba de US$ 150 mil da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo).
"Pela primeira vez vamos receber um recurso do governo. É tudo burocrático. Levamos dois anos para ter licença do Ibama", disse Drauzio Varella, oncologista e coordenador do projeto.
Para evitar a biopirataria, o Probem (Programa Brasileiro de Ecologia Molecular para o Uso Sustentável da Biodiversidade da Amazônia), da Secretaria de Coordenação da Amazônia, determinou que a partir deste ano qualquer grupo ou laboratório firme parceria com a Bioamazônia (Associação Brasileira para o Uso Sustentável da Amazônia).
O projeto de Varella, porém, ainda não tem vínculo com a entidade.
"A falta de regulamentação faz com que as coletas da Unip não tenham amparo legal", afirmou o diretor-geral da Bioamazônia, Wanderley Messias da Costa.
"Nunca fui procurado por essa organização, mas não vejo problema em estabelecer uma parceria", disse Varella.

Tramitação
Um projeto de lei que regulamenta a soberania nacional e os direitos das comunidades sobre a biodiversidade, da senadora Marina Silva (PT-AC), tramita há cinco anos no Congresso.
Já estão em vigor a Lei de Patentes, a Convenção de Biodiversidade, estabelecida na Eco 92, e o decreto lei 98.830/90, que regulamenta as remessas de material brasileiro ao exterior.
Existem dois tipos de patentes: as de invenção e as de modelos de utilidade.
Os requisitos para a concessão pelo Inpi (Instituto Nacional de Propriedade Industrial), no Brasil, são novidade, inventividade e aplicação industrial.
Hoje, brasileiros e estrangeiros podem protocolar pedidos no Brasil e no exterior. O período de concessão pode levar em média quatro anos.
Segundo o consultor Clóvis Silveira, 55, nos últimos sete anos foram protocoladas no Inpi 3.192 patentes de biotecnologia e concedidas apenas 213.


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