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ADMINISTRAÇÃO
Meta é verificar a relação entre a LOT e o secretário de Infra-Estrutura Urbana, Roberto Luiz Bortolotto
Promotoria vai investigar empresa de lixo
DA REPORTAGEM LOCAL
O Ministério Público Estadual
vai investigar a LOT Operações
Técnicas Ltda., habilitada na licitação do lixo da Prefeitura de São
Paulo, e a relação dela com Roberto Luiz Bortolotto, secretário de
Infra-Estrutura Urbana.
Conforme informou a Folha
anteontem, Bortolotto constava
como diretor da LOT até 28 de julho de 2003, 12 dias depois da
apresentação do edital em audiência pública e menos de um
mês antes da publicação dele no
"Diário Oficial". Ele afirma que
deixou a empresa em fevereiro de
2000, embora a alteração tenha sido oficializada no registro competente mais de três anos depois.
A Promotoria de Justiça da Cidadania já investiga denúncias
envolvendo a concorrência da coleta e destinação final do lixo da
capital paulista desde junho de
2003. O promotor José Fernando
Cecchi afirma que Bortolotto será
convidado para prestar esclarecimentos na próxima semana sobre
seus vínculos com a LOT.
Cecchi diz que a intenção é obter explicações sobre a retirada
oficial do nome dele da LOT às
vésperas da publicação do edital
de licitação. "Precisamos saber se
não houve alguma manobra",
afirma. Segundo ele, se Bortolotto
fosse mantido na administração
da empresa durante a concorrência, ela ficaria impedida de ser
contratada pela prefeitura.
O secretário diz que a demora
para a mudança do contrato social na Junta Comercial foi uma
falha da LOT. Um dos argumentos dele para contestar ilações sobre favorecimento foi uma decisão da pasta dele de inabilitar a
Construtora Radial, acionista da
LOT, de uma concorrência sobre
pavimentação.
O Ministério Público tem dois
inquéritos em andamento sobre a
licitação do lixo paulistana. Eles se
baseiam em acusações de direcionamento da concorrência e de
cartelização do setor.
A Secretaria de Serviços e
Obras, responsável pela concorrência, nega qualquer tipo de favorecimento e afirma ter sido
transparente.
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