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Agressões eram rotineiras, diz prima
DA AGÊNCIA FOLHA, EM VIAMÃO (RS)
A dona-de-casa Edelma Carvalho Padilha, 33, relata um quadro
de violência permanente entre
sua prima, a papeleira Alda Delmara Machado Carvalho, e seu
companheiro, Gérson Luiz Silveira de Lacerda Júnior, acusado de
ter assassinado a facadas cinco
crianças. Ele, segundo a polícia,
confessou os crimes.
Transtornada, Padilha, a exemplo de vários moradores de Viamão, chegou a cercar a casa da
prima. "Eu a aconselhava a largar
dele. Ela o acolheu. Ele era um
drogado. Batia nela, e ela teimava
em manter o casamento."
Outros conhecidos da família
confirmam a informação de que
Lacerda morava com Alda Delmara e os filhos porque não tinha
outro local para ir.
Apesar das agressões a que era
submetida, a mãe das crianças se
compadecia de sua situação e o
mantinha em casa, ainda segundo
vizinhos e parentes. Os vizinhos
dizem que ele, costumeiramente,
estava drogado. Para a polícia, ele
negou essa informação.
João Antônio Flores, 40, um vizinho, disse ontem que sabia dos
episódios violentos envolvendo o
casal. Mas diz se lembrar mais das
crianças, que brincavam muito na
rua, especialmente andando de
bicicleta. O clima era de comoção
na vizinhança e em toda a cidade.
A psicóloga Suzana Braun, do
Departamento Estadual da Criança e do Adolescente, acredita que
Lacerda tenha sido vítima de
maus-tratos na infância e ""reproduzido toda a violência" que vivenciou ao agredir a mulher e matar as crianças.
(LG)
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