São Paulo, sexta-feira, 12 de março de 2004

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Agressões eram rotineiras, diz prima

DA AGÊNCIA FOLHA, EM VIAMÃO (RS)

A dona-de-casa Edelma Carvalho Padilha, 33, relata um quadro de violência permanente entre sua prima, a papeleira Alda Delmara Machado Carvalho, e seu companheiro, Gérson Luiz Silveira de Lacerda Júnior, acusado de ter assassinado a facadas cinco crianças. Ele, segundo a polícia, confessou os crimes.
Transtornada, Padilha, a exemplo de vários moradores de Viamão, chegou a cercar a casa da prima. "Eu a aconselhava a largar dele. Ela o acolheu. Ele era um drogado. Batia nela, e ela teimava em manter o casamento."
Outros conhecidos da família confirmam a informação de que Lacerda morava com Alda Delmara e os filhos porque não tinha outro local para ir.
Apesar das agressões a que era submetida, a mãe das crianças se compadecia de sua situação e o mantinha em casa, ainda segundo vizinhos e parentes. Os vizinhos dizem que ele, costumeiramente, estava drogado. Para a polícia, ele negou essa informação.
João Antônio Flores, 40, um vizinho, disse ontem que sabia dos episódios violentos envolvendo o casal. Mas diz se lembrar mais das crianças, que brincavam muito na rua, especialmente andando de bicicleta. O clima era de comoção na vizinhança e em toda a cidade.
A psicóloga Suzana Braun, do Departamento Estadual da Criança e do Adolescente, acredita que Lacerda tenha sido vítima de maus-tratos na infância e ""reproduzido toda a violência" que vivenciou ao agredir a mulher e matar as crianças. (LG)


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