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SEGURANÇA
Padre Marcelo Rossi questiona interdição de santuário e reza missa em trio elétrico na rua para 30 mil pessoas
Igreja mostrará laudos de seus templos
do "Notícias Populares"
A Igreja Católica fechou um
acordo ontem com a Secretaria da
Habitação e o Ministério Público
em que se compromete a apresentar até maio laudos sobre o estado
de segurança de todas as 1.400
igrejas existentes em São Paulo.
A igreja terá então um ano para
realizar obras ou legalizar obras já
existentes. Acordo semelhante havia sido firmado com a Igreja Universal do Reino de Deus, após acidente em um templo em Osasco.
O acordo com a Igreja Católica
foi firmado um dia depois de o
Santuário do Terço Bizantino, onde o padre Marcelo Rossi realiza
suas missas, ter sido interditado
pelo Contru, órgão que fiscaliza
imóveis, por falta de segurança.
"O local recebe muita gente e,
com o som alto, que se propaga, e
as aberturas laterais que foram
criadas, levando a uma forte circulação de vento, o telhado virou
uma grande pipa, que pode cair sobre as pessoas", disse o diretor do
Contru, Carlos Alberto Venturelli.
Terão também de ser colocados
pára-raios, proteção para as estruturas metálicas, cadeiras fixas, e a
parte elétrica deverá ser trocada.
O padre Marcelo Rossi questionou ontem a interdição. "Não sei
se existe perigo, mas acho muito
estranho interditarem o Santuário
um dia antes da missa. Temos um
laudo de 98 em que o engenheiro
atesta que está tudo em ordem no
galpão", disse.
Segundo Venturelli, foi esse laudo que chamou a atenção da prefeitura quanto ao santuário. "O engenheiro já apontava problemas
no telhado", disse.
Ontem o padre Marcelo rezou
sua missa pela manhã na rua, em
cima de um trio elétrico, reunindo
30 mil pessoas, e deveria repetir o
feito à noite. Moradores já ameaçaram ir à Justiça se o padre continuar a rezar as missas na rua.
"Quero voltar a rezar no Santuário na próxima quinta. Espero que
o teste da sonoridade no telhado
seja concluído logo e prove que está tudo bem no galpão. Nesse período, as missas serão realizadas
na rua. Não ligo de rezar na rua,
mas acho que isso é uma falta de
respeito com o povo", disse o padre Marcelo Rossi.
Ontem, o secretário da Habitação, Lair Krahenbuhl, ofereceu a
dom Fernando Figueiredo, bispo
da Diocese de Santo Amaro, realizar as missas no Anhembi. Mas até
a noite de ontem d. Fernando ainda não havia decidido se aceitaria.
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