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LIXO EM SP
A Transpolix está também sob investigação do Ministério Público em Bauru; empresa diz que processo em SP foi resolvido
Escolhida teve contrato irregular em 97
CHICO DE GOIS
DA REPORTAGEM LOCAL
A Transpolix Transportes Especiais, que ontem ganhou um contrato para varrição e coleta de lixo
nas administrações regionais de
Aricanduva e Mooca, teve um
contrato considerado irregular
pelo Tribunal de Contas do Município (TCM).
A empresa prestou serviço para
a Prefeitura de São Paulo na regional de Vila Prudente em 1997. O
trabalho nessa regional estava sob
responsabilidade inicial da Cavo,
mas a Transpolix acabou exercendo a função.
Em maio do ano passado, a Cavo desistiu de fazer o serviço de
limpeza na cidade. As áreas nas
quais atuava foram divididas entre a Vega (Vila Mariana, Vila
Prudente, Ipiranga e parte do Jabaquara) e a Marquise (Aricanduva e Mooca).
O conselheiro Edson Simões,
em decisão publicada na edição
de 30 de setembro de 1999 do
"Diário Oficial" do Município,
considerou irregular o termo aditivo 2/97 ao contrato porque, segundo ele, a Secretaria de Serviços
e Obras (SSO), à qual o Limpurb
(Departamento de Limpeza Urbana) está vinculado, não poderia
ter permitido o aditamento. Simões denunciou a empresa ao
Ministério Público e mandou
abrir uma sindicância na SSO para saber o motivo do aditamento.
Carlaide Viana, do departamento jurídico da Transpolix,
confirmou que a empresa trabalhou para a prefeitura, mas disse
que não houve nenhum problema na contratação e que o processo do TCM foi solucionado.
A empresa também está sendo
investigada pelo Ministério Público de Bauru (343 quilômetros ao
noroeste da capital paulista). Segundo a denúncia, apresentada
no ano passado, a Transpolix
prestava serviço para a prefeitura
daquela cidade e, ao mesmo tempo, trabalhava para uma empresa
particular.
Entretanto o lixo recolhido dessa empresa, de acordo com a denúncia, era pesado juntamente
com o da prefeitura, que acabava
pagando pelo serviço.
Além disso, um motorista da
empresa afirmou, em depoimento ao Ministério Público, que os
caminhões já saíam da garagem
com água na carroceria compactadora de lixo. Com isso, o peso
aumentaria, assim como o valor
que a empresa recebia.
O promotor da Cidadania de
Bauru, Fernando Masseli Helene,
afirmou que na semana que vem
ele irá tentar um acordo com a
empresa. Ele disse que, caso não
consiga, irá propor uma ação civil
pública.
Carlaide Viana afirmou que essa denúncia é "infundada". Segundo ela, a Transpolix prestou
serviço à Prefeitura de Bauru "há
muito tempo" (entre 1995 e 1998)
e que a denúncia é "um problema
político". Ela não especificou, porém, que o que teria acontecido.
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