São Paulo, quinta-feira, 12 de abril de 2001

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POLÍCIA

Secretária afirma ter sido pega em shopping do Rio

Ação de quadrilha especializada em sequestro relâmpago é investigada

DA SUCURSAL DO RIO

A polícia do Rio investiga a atuação de uma quadrilha especializada em sequestros relâmpagos em shoppings do Rio. A última vítima do grupo foi uma secretária de 26 anos que ficou mais de 30 horas em poder dos sequestradores. Ela chegou a ser estuprada. A polícia mantém em sigilo o nome da vítima.
A secretária disse na 16ª DP (Delegacia de Polícia) que foi rendida às 12h de segunda-feira por três homens armados com pistolas dentro do Barrashopping (Barra da Tijuca, zona oeste), um dos mais movimentados centros comerciais do Rio.
No depoimento à polícia, a secretária afirmou que foi levada ao caixa eletrônico do shopping, onde teve que sacar R$ 600.
Em seguida, ela disse que os criminosos vendaram seus olhos e a levaram de carro para uma casa, que suspeita ficar em São Conrado (bairro na zona sul, a cerca de 10 km do Barrashopping). Na casa, ela afirma ter sido estuprada e sofrido ameaças de morte.
A secretária afirmou que foi abandonada anteontem, às 20h30, em frente ao Teatro Municipal, no centro do Rio. Antes da libertação, os criminosos teriam efetuado um novo saque, no valor de R$ 1.100.
Em nota oficial, o Barrashopping informou que nem a polícia nem a vítima haviam procurado o estabelecimento, mas que colocaria à disposição das autoridades as fitas gravadas pelo sistema de segurança para ajudar na apuração do caso.
Com base no depoimento da vítima, a Secretaria de Segurança está preparando os retratos falados dos sequestradores.
Na sexta-feira passada, a delegada-adjunta da 10ª DP, Inês Maria de Oliveira, 44, foi sequestrada quando saía de casa em Bangu (zona oeste). Ela passou cinco horas em poder de dois sequestradores. Sob a mira de armas, a delegada teve que sacar R$ 2.500 em um caixa eletrônico do Banerj no Barrashopping.

Assalto
Na madrugada de ontem, dez homens armados assaltaram uma casa no condomínio Village Itanhangá. A dona da casa, Carmem Viana, 45, e seis empregados foram amarrados e forçados a deitar no chão. Os ladrões fugiram quando a polícia chegou.
Apenas Roberto Caetano Silva, 30, que já havia trabalhado na casa, foi preso, quando tentava escapar por um matagal.


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