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Corporação reconhece o preconceito
DA SUCURSAL DO RIO
Segundo o coronel Lenine de
Freitas, subsecretário de Segurança do Estado do Rio, a discriminação racial em ações dos policiais já
havia sido constatada em pesquisas internas da Polícia Militar. As
informações teriam estimulado o
desenvolvimento de programas
para acabar com o problema.
Freitas diz que as pesquisas foram realizadas durante as gestões
do coronel Carlos Magno Nazareth Cerqueira no comando da
PM. Nelas, teria sido identificada
a tendência de atuação mais enérgica de policiais negros quando
em contato com suspeitos negros.
"Foram objeto da nossa pesquisa os casos de revistas em ônibus,
automóveis e de pessoas que entram em bancos. O próprio policial negro dava um tratamento diferenciado em relação a cidadãos
negros e brancos", afirma Freitas.
Segundo sua avaliação, os programas iniciados com Cerqueira
evoluíram para os atuais centros
de referência mantidos pela Secretaria de Segurança Pública,
nos quais há atenção especial para
casos de discriminação para negros e homossexuais.
Freitas ressalta que também
concorda com outra das conclusões preliminares da pesquisa desenvolvida pela Universidade
Candido Mendes. "É histórico o
papel da PM em ser um veículo de
ascensão social para o negro. Basta ver o próprio caso do coronel
Cerqueira, que transformou a
mentalidade da corporação."
Para ele, um sinal da evolução
da corporação seria a implantação do policiamento comunitário
em favelas.
(ACF)
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