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PÓS-GRADUAÇÃO
Mudança atrasou distribuição dos recursos a estudantes
Bolsa da Capes irá priorizar política industrial federal
LUCIANA CONSTANTINO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Com 1.653 novas bolsas de mestrado e doutorado para este ano, a
Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) reformulou seus critérios
de distribuição das cotas do Programa de Demanda Social para as
instituições de ensino superior
para estimular a política industrial e o comércio exterior.
Com isso, a Capes incluiu na
fórmula para calcular o número
de bolsas o aumento de alunos e a
relação entre o curso e as áreas
prioritárias da política industrial
do governo -como computação,
biotecnologia e fármacos.
No total serão cerca de 25.600
bolsas de mestrado e doutorado
no país. Em 2004, foram 24 mil. A
mudança na Capes, ligada ao Ministério da Educação, acarretou
atraso no repasse da planilha de
bolsas para as universidades, geralmente feito no início de março.
Segundo o diretor de Programas da Capes, José Fernandes de
Lima, a partir de hoje as instituições irão receber a documentação
com a quantidade de bolsas. "A
mudança não comprometerá o
andamento dos cursos. Fizemos
um esforço para melhorar a divisão dos recursos e aumentá-los."
Segundo Lima, a nova fórmula
visa ainda evitar que os cursos tenham o número de bolsas reduzido de um ano para o outro. O objetivo é que se possam programar
melhor a pós-graduação.
Em 2004, os critérios já começaram a ser alterados. Antes, a Capes considerava, principalmente,
o tempo médio de titulação do
aluno para planejar a distribuição
das bolsas. Alunos de mestrado
recebem, pelo programa, bolsa
mensal de R$ 850. Para os de doutorado o valor é R$ 1.100.
Em 2005, o Orçamento da Capes para o pagamento de bolsas
nesse programa é de R$ 161 milhões, além de R$ 52 milhões a serem investidos em melhorias.
A Capes decidiu ainda distribuir
duas bolsas para cada novo curso
aprovado em 2003 e 2004. O órgão tem cerca de 3.000 programas
de pós-graduação registrados.
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