São Paulo, quinta-feira, 12 de abril de 2007

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Office-boy diz ter se visto em filme ao servir de escudo para ladrões

DA REPORTAGEM LOCAL

O office-boy Carlos Henrique dos Santos, 18, disse nunca ter sentido tanto medo na vida como o que sentiu ontem, durante o assalto ao banco Itaú da Vila Carmosina. Acostumado com a violência quase cotidiana do bairro de Guaianases (zona leste de São Paulo), Santos disse que foi um dos reféns que serviram de escudo para os quatro criminosos que ficaram no banco após um deles ter sido baleado por homens da Polícia Militar ao tentar fugir.
"Foi um pânico muito grande, mas depois percebi que os ladrões não queriam fazer nada com a gente. Sabe filme? Então, eu me lembrei dos vários que assisti e tive certeza de que eles não iriam piorar a situação deles", disse. Após ter sido libertada pelos assaltantes, a professora Andréia Cristina da Rocha, 22, disse nem se lembrar mais o que havia ido fazer na agência que foi assaltada ontem. "Perdi a noção", afirmou.
A aposentada Maria de Lurdes de Lima, 54, foi ontem ao Itaú para receber seu benefício e disse "ter visto a morte" durante o assalto. Ela entrava na agência quando percebeu o roubo e tentou voltar para a rua, mas foi impedida pelos ladrões, que a fizeram sentar no chão da agência.
Uma dos três vigilantes do banco que foram rendidos e também feitos reféns, Djane Nascimento, 24, conta que resolveu aceitar o emprego de segurança após passar uma temporada desempregada. "Não quero mais que ela faça isso", disse a irmã Léia Nascimento, 26, que foi buscar Djane no banco após o fim do assalto.


Colaborou o AGORA


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