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Novos muros para
proteger linha de trem
estão com buracos
Além de problemas na parte construída, obras estão atrasadas; governo diz que realiza manutenção
DO "AGORA"
Orçados em quase R$ 100
milhões e com a promessa do
governo estadual paulista de
que seriam concluídos até o fim
do mês passado, os muros das
linhas da CPTM (Companhia
Paulista de Trens Metropolitanos) possuem buracos ou ainda
estão inacabados.
A reportagem percorreu na
semana passada três das seis linhas da CPTM (7-rubi, 8-diamante e 9-esmerlada) e encontrou 11 pontos que não impediam a travessia de pessoas de
um lado para o outro da linha
férrea. Em quatro desses locais
havia buracos nos muros -dois
deles fechados com tapumes.
Representante da gestão José Serra-Alberto Goldman
(PSDB), o presidente da CPTM,
Sérgio Avelleda, admite que
"constantemente se abrem buracos" nos muros.
Por esse motivo, de acordo
com Avelleda, a segunda etapa
do programa de vedação "é a
conscientização e manutenção
dessa vedação".
"É uma luta diária, é um esforço cotidiano. Até as pessoas
entenderem que não adianta
abrir buraco, a nossa manutenção estará atenta", disse. Ele
prevê construção de mais 14
passarelas (13 já foram entregues desde 2007) para a segurança de usuários.
Usuários de drogas
Em três ruas no Jaraguá (zona norte de SP) a construção do
muro está inacabada. Em uma
delas há uma abertura de 200
m. Nas outras duas (no fim da
estrada Galvão Bueno Trigueirinho e na altura do número
415 da rua Aquariquara), a reportagem flagrou, na tarde da
última quinta-feira, grupos de
usuários de drogas atrás da parte do muro que foi concluída.
Moradores da área dizem
que a CPTM trabalhou no local
até novembro do ano passado e
que não veem operários ali desde então. "Em janeiro, vieram
fazer a medição desse buraco
para colocar um portão. Mas
não voltaram até agora", afirma
o mecânico José Pereira dos
Santos Neto, 42 anos.
Ele diz que o buraco atrai
usuários de drogas e caminhoneiros que fazem descarte ilegal de entulho. "Trouxeram até
carro roubado para cá."
Por volta das 12h de quinta-feira, a reportagem flagrou quatro jovens pulando o muro,
com ajuda de um pedaço de
madeira, próximo à estação
Presidente Altino, em Osasco
(Grande SP). O local não tinha
seguranças.
(LÉO ARCOVERDE)
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