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HISTÓRIA
Serão três ações contra a União
Negros pedem reparo à escravidão na Justiça
DA SUCURSAL DO RIO
Cerca de 200 descendentes de
escravos de cinco entidades ligadas ao movimento negro no Estado de São Paulo entram, amanhã,
com 20 ações na Justiça Federal
pedindo indenizações de reparação do período de escravidão.
O grupo alega que, mesmo com
o fim da escravidão há 115 anos,
os negros continuam marginalizados e amargam prejuízos com o
sofrimento de seus antepassados.
Segundo o coordenador do projeto Educafro (Educação e Cidadania de Afrobrasileiros e Carentes), frei David Raimundo dos
Santos, os descendentes entrarão
com três tipos de ações. Uma delas pede uma indenização fixa de
R$ 2 milhões ao governo federal.
A segunda seria o pagamento de
uma indenização mensal de um
salário mínimo que seria retroativo aos anos de vida da pessoa.
Pela terceira ação, o governo federal seria obrigado a dispensar
anualmente 5% de seu orçamento
em políticas públicas para os afrodescendente, voltadas para educação, saúde e moradia.
Segundo o frei David, o grupo
apresentará vários argumentos.
Um deles é que os descendentes
de judeus que viveram durante
sete anos sob escravidão da Alemanha de Hitler conseguiram ser
indenizados pela Justiça alemã.
Frei David argumentou ainda
que pessoas que foram perseguidas durante a ditadura militar no
Brasil receberam indenizações.
O grupo de descendentes escolheu o dia 13 de maio para entrar
com as ações porque na data são
comemorados os 115 anos da abolição da escravatura no país.
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