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Garoto de 12 anos leva tiro no rosto e morre
DO "AGORA"
Um menino de 12 anos foi assassinado na noite de anteontem
por dois homens não-identificados que estavam numa moto.
E.G.O. estava com crianças próximo a sua casa, no bairro Jardim
Filhos da Terra, na zona norte de
São Paulo, quando foi atingido no
rosto por um dos ocupantes da
moto. Ontem, havia um ramo de
folhas marcando o lugar onde o
menino estava sentado na hora
do disparo, segundo vizinhos.
O pai da vítima, E.O., 42, foi preso pela polícia após o crime porque foi flagrado com um revólver
tentando ir atrás dos autores do
disparo. Ele estava com o motoboy R.C.M., 21, que é vizinho da
família e proprietário da moto
que os dois usaram para tentar alcançar os criminosos.
O menino foi socorrido por policiais, que o levaram até o Hospital São Luiz Gonzaga, no Jaçanã,
mas já chegou à unidade sem vida. Até ontem, os autores do crime ainda não haviam sido identificados pela polícia.
O motivo do assassinato também é ignorado.
A família não aceita a idéia de
que a morte do menino tenha alguma relação com o fato de o pai
dele já ter cumprido pena por tráfico de drogas há cerca de quatro
anos.
"Divulgaram isso, mas é tudo
invenção. Meu pai não tem inimigos. Não tem nada a ver. Não tem
explicação [a morte de garoto]",
afirmou o irmão da vítima,
M.G.O., 21.
Enquanto aguardavam a liberação do corpo, familiares disseram
ontem que o menino era uma boa
pessoa e nunca havia feito mal a
ninguém. "Ele criava oito cachorros. Via na rua, ficava com pena e
pegava", falou uma tia.
O garoto estava sendo velado
ontem no cemitério Vila Rio, em
Guarulhos, na Grande São Paulo.
O enterro está previsto para hoje,
às 9h.
"Assassinos soltos"
A mãe da vítima, V.A.G.S., estava inconsolável. "O meu marido
agora está preso e os dois assassinos, soltos. Ele já pagou à sociedade o que tinha de pagar."
Ela contou que o filho gostava
de assistir a filmes em DVD e tinha medo até de pegar ônibus para não ser assaltado.
O irmão lembrou que a vítima já
tinha falado em voltar a morar em
São Vicente (74 km a sudeste de
São Paulo), onde ambos nasceram. O menino assassinado fazia
a 7ª série e morava em São Paulo
havia oito anos.
(Tharsila Prates)
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