São Paulo, sábado, 12 de maio de 2007

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Mãe de vítima queria dinheiro para remédio

DA SUCURSAL DO RIO

Um retorno a Sapé, na Paraíba, para ver os pais no Natal e uma ajuda para comprar remédios era o que Maria da Penha de Souza Silva, 49, esperava da pensão de um a três salários mínimos.
Mãe de Maicon de Souza Silva, 2, morto por uma bala perdida numa operação da PM na favela de Acari (zona norte) em 1996, ela assume que não agüenta mais "mexer nessas coisas". "Não gosto muito de ficar mexendo nas coisas do Maicon. Ele já foi." A atuação nos processos sobre a morte do menino fica por conta do pai, José Luis Faria da Silva, 46.
Ele já fez duas greves de fome em frente ao Ministério Público, que arquivou a apuração criminal sobre o caso. O inquérito foi reaberto, mas voltou a ser fechado. "Quero ir a ONU [em Nova York] para denunciar o caso".
Penha diz precisar de ajuda para comprar remédios para controlar problemas neurológicos que adquiriu após a morte do filho. Mesmo com os contratempos, ela olha para frente. Penha ganhou um neto no dia 14 de abril, um dia antes de completar 11 anos da morte de Maicon. "Estranho, né? Já não fica a tristeza de abril." (IN)


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