|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Mãe de vítima queria dinheiro para remédio
DA SUCURSAL DO RIO
Um retorno a Sapé, na
Paraíba, para ver os pais
no Natal e uma ajuda para
comprar remédios era o
que Maria da Penha de
Souza Silva, 49, esperava
da pensão de um a três salários mínimos.
Mãe de Maicon de Souza Silva, 2, morto por uma
bala perdida numa operação da PM na favela de
Acari (zona norte) em
1996, ela assume que não
agüenta mais "mexer nessas coisas". "Não gosto
muito de ficar mexendo
nas coisas do Maicon. Ele
já foi." A atuação nos processos sobre a morte do
menino fica por conta do
pai, José Luis Faria da Silva, 46.
Ele já fez duas greves de
fome em frente ao Ministério Público, que arquivou a apuração criminal
sobre o caso. O inquérito
foi reaberto, mas voltou a
ser fechado. "Quero ir a
ONU [em Nova York] para
denunciar o caso".
Penha diz precisar de
ajuda para comprar remédios para controlar problemas neurológicos que
adquiriu após a morte do
filho. Mesmo com os contratempos, ela olha para
frente. Penha ganhou um
neto no dia 14 de abril, um
dia antes de completar 11
anos da morte de Maicon.
"Estranho, né? Já não fica
a tristeza de abril."
(IN)
Texto Anterior: Faltou aprovação da procuradoria, diz ex-secretário Próximo Texto: Apesar da nova lei, morte de motoboys cresce Índice
|