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Juizado da Infância
apura denúncia no Rio
free-lance para a Folha
O Juizado da Infância e Juventude está apurando seis denúncias
de maus-tratos contra menores
internos da Escola João Luiz Alves, em Bangu (zona oeste do
Rio). Os processos, abertos a partir de denúncias de pais, foram
instaurados há cerca de um mês.
A nova tentativa de rebelião no
antigo presídio Moniz Sodré, sede
atual da escola, anteontem à noite,
foi a terceira em menos de um
mês.
Na tentativa, que começou às
20h e terminou por volta de
meia-noite, seis menores e oito
policiais ficaram levemente feridos. Alguns funcionários também
sofreram ferimentos.
Os internos colocaram fogo em
colchões, roupas e documentos.
Houve explosão de botijões de gás
e alguns tiros foram disparados. A
diretoria da escola afirma que os
menores estavam armados com
facas, ferros e picaretas, entre outros objetos.
No local há cerca de 360 internos. A parte da frente do antigo
presídio ficou destruída, assim como a documentação do Desipe
(Departamento do Sistema Penitenciário) e prontuários.
Segundo o juiz titular da 2ª Vara
da Infância e Juventude (responsável por menores infratores),
Guaraci de Campos Vianna, a rebelião não teve motivação específica. Os internos, segundo ele, foram transferidos para o antigo
presídio justamente por terem
destruído no final do ano passado,
durante uma rebelião, o local onde funcionava a Escola João Luiz
Alves.
Vianna afirmou que esteve na
escola na semana passada e que
havia conversado com os internos
a respeito das transferências, que
seriam iniciadas nas próximas semanas, por causa do problema de
superlotação. A reação deles teria
sido positiva, e eles estariam conformados, disse.
No domingo, as visitas na parte
da tarde teriam transcorrido normalmente, e teria havido uma reunião entre representantes do Conselho Estadual da Criança e do
Adolescente e pais dos internos. A
assessoria de comunicação da Secretaria de Justiça do Estado informou que será aberta sindicância
para apurar a tentativa de rebelião.
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