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Escola de tiro obtém liminar que libera registro de armamentos
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE
A escola de tiros Magaldi, de
Porto Alegre, obteve liminar (decisão judicial provisória, contra a
qual cabe recurso) que libera o registro das armas que vende.
A partir da decisão, na última
sexta-feira, a Magaldi já vendeu
cerca de dez pistolas, que deverão
ser registradas na polícia e entregues aos compradores.
O juiz substituto da 3ª Vara da
Fazenda Pública, Pedro Pozza,
disse que a proibição do registro
de armas até o final do ano, determinada pela medida provisória
2.045, proibiu, na prática, o comércio de armas, que é lícito.
"Se é livre o comércio de armas,
ofende o direito do comerciante a
vedação ao registro das armas que
vende, porque, de forma reflexa,
impede o exercício do comércio,
assegurado pela Constituição."
Na opinião do juiz, "há contradição no ordenamento jurídico",
pois, ao mesmo tempo em que é
permitida a compra de um bem, é
negado o registro desse mesmo
bem. Ele disse que essa situação
"impõe ao comprador a prática
de crime".
O dono da Magaldi, Dempsey
Magaldi, 40, declarou que, além
das vendas já fechadas, cujos pedidos foram encaminhados aos
fabricantes, várias pessoas estão
inscritas para comprar armas.
Dempsey disse que o delegado
Claudionor Belizário, responsável
pela Divisão de Armas, Munições
e Explosivos -encarregada dos
registros-, se comprometeu em
cumprir a determinação da liminar. A polícia informou que pedirá ao juiz que envie uma cópia da
liminar ao Ministério da Justiça.
Conforme o proprietário da
Magaldi, outros comerciantes de
armas irão ingressar com ações
contra a proibição do registro. A
liminar do juiz Pozza só vale para
a Magaldi, que congrega uma escola de tiro, um clube de tiro e
uma loja de armas.
(CARLOS ALBERTO DE SOUZA)
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