São Paulo, quarta-feira, 12 de julho de 2000


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Vereadores vão votar 11 vezes

DA REPORTAGEM LOCAL

Na sessão que vai decidir hoje o impeachment do prefeito Celso Pitta (PTN), cada vereador vai receber 11 envelopes de cores diferentes. O envelope traz uma cédula com cada uma das denúncias contra Pitta feitas pela OAB (Ordem dos Advogados do Brasil).
O vereador vai caminhar até uma cabine de votação e depois depositar os 11 votos em urnas com cores correspondentes. Essa foi a maneira encontrada pela Câmara para acelerar o processo de votação dos 55 vereadores.
A sessão de impeachment está marcada para as 8h de hoje. Mas só vai começar se tiver quórum de 37 vereadores no plenário da Câmara Municipal.
Os trabalhos têm início com as leituras das denúncias da OAB, da defesa prévia de Pitta e do relatório final da comissão processante, elaborado pelo vereador Alan Lopes (PTB).
O relatório de Lopes, aprovado por 4 votos contra 3 na comissão processante, pede a cassação de Pitta em apenas duas denúncias: empréstimo de R$ 800 mil recebido do empresário Jorge Yunes e viagem à França na Copa do Mundo, em 1998. Pitta é acusado de ter a viagem paga pela empresa Vega Engenharia Ambiental.
O relatório não será colocado em votação, mas servirá de "referencial" aos vereadores. Para garantir o impeachment, são necessários 37 votos a favor de pelo menos uma das denúncias.
Depois disso, cada vereador tem cinco minutos para se manifestar. Os advogados de Pitta têm direito à defesa oral, que pode durar até duas horas. Só depois disso, começam a votação e a apuração.


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