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Na 1ª megablitz da lei seca, 300 passam por bafômetro no Rio
LUISA BELCHIOR
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA ONLINE,
NO RIO
Um homem foi preso acusado de dirigir embriagado ontem
no Rio de Janeiro, dia em que o
governo do Estado iniciou operação para fiscalizar o cumprimento da chamada lei seca.
Até as 18h, 330 pessoas foram submetidas ao teste do bafômetro durante a ação, batizada de Pressão Total.
Em São Paulo, durante a operação Direção Segura, 50 pessoas passaram pelo bafômetro
e nenhuma foi presa.
Motoristas de ônibus do Rio
também passaram ontem pelo
teste. Nas estradas do Estado, a
PRF (Polícia Rodoviária Federal) disse ter registrado queda
de mais de 60% nas mortes em
acidentes após a nova lei ter entrado em vigor.
Ninguém foi detido na operação Pressão Total até o fim da
tarde de ontem, mas, longe dela, a PM prendeu um homem
por volta das 8h. Segundo a 18ª
Delegacia de Polícia (Praça da
Bandeira), onde o caso foi registrado, policiais que passavam pelo elevado Perimetral
(centro) viram o motorista dirigindo em ziguezague.
No carro, foram encontradas
garrafas de vodka e de cerveja,
segundo a delegacia. Ao fazer o
teste do bafômetro, que constatou álcool no sangue, o motorista, cujo nome não foi divulgado, foi preso em flagrante e liberado após pagar R$ 2.100 de
fiança, conforme a polícia.
Na operação Pressão Total,
330 pessoas abordadas em 22
pontos diferentes do Rio e da
Baixada Fluminense passaram
pelo teste do bafômetro, mas
não apresentaram índice alcoólico no sangue, de acordo com o
Detro (Departamento de
Transportes Rodoviários) do
Rio. Foi a primeira grande operação no Estado para fiscalizar
o cumprimento da nova lei.
Segundo o governo do Rio,
300 fiscais do Detro, das secretarias de Saúde, Governo e
Transportes, Detran, do Corpo
de Bombeiros e das polícias Militar, Civil e Rodoviária Federal, participaram da ação, que
não tem data para terminar.
Em balanço concluído anteontem, a PRF disse ter registrado queda nas mortes em estradas do Rio duas semanas
após a lei entrar em vigor, na
comparação com as duas semanas anteriores. Em 420 acidentes, houve 177 feridos e 29 mortes nas semanas anteriores,
contra 488 acidentes, com 147
feridos e 17 mortes, após a vigência da lei.
Já nos hospitais estaduais do
Rio, o secretário estadual de
Saúde do Estado, Sérgio Côrtes,
disse estimar que o movimento
caiu entre 20% e 40% com a lei
seca, mas frisou ainda não haver estatísticas oficiais.
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