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OUTRO LADO
Prefeitura admite haver falhas, mas pede mais prazo
DA REPORTAGEM LOCAL
A Prefeitura de São Paulo,
hoje nas mãos do PT, admite
que muitos dos 39 empreendimentos do Projeto Cingapura
têm inúmeras falhas urbanísticas e estruturais, mas descarta a
possibilidade de conseguir
submeter todos eles à análise
dos órgãos fiscalizadores em
aproximadamente quatro meses, como ordena a Justiça.
"É verdade [que faltam laudos". Feita a regularização fundiária, teremos que passar a
análise dos projetos, mas não
acho que consigamos resolver
isso em 120 dias", afirma Gabriel Blanco, gerente de aprovação da Cohab.
O ex-prefeito Celso Pitta passou à Cohab a responsabilidade pela regularização dos empreendimentos em 2000, seu
último ano de governo.
Blanco diz que os problemas
de projeto, além de acessibilidade e saneamento, passam
exatamente pela falta de recuos
dos prédios em relação aos leitos viários, largura de corredores, situação das áreas que deveriam ser livres (muitas delas
estão ocupadas por barracos) e,
sobretudo, correspondência
entre as plantas e os empreendimentos construídos.
A administração petista conseguiu colocar 2 dos 39 Cingapuras em condições de serem
avaliados. Os projetos desses
dois estão sendo estudados pelos setores de parcelamento de
solo e análise de construções da
própria prefeitura -já que
nem esses laudos existem.
"Agora nosso trabalho é tentar adequar a realidade ao que a
norma exige, mas nem sempre
é possível. A saída vai ser adotar parâmetros mais flexíveis
para a regularização e oferecer
medidas compensatórias", diz.
A Cohab, no entanto, não
concorda com o entendimento
da Promotoria de que o Graprohab é a instância mais adequada para analisar os projetos. Para o município, são necessárias as checagens da Cetesb, da Sabesp, da Eletropaulo e dos Bombeiros.
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